segunda-feira, 15 de setembro de 2014

SINCRETISMO DE OXALÁ

Na Umbanda, o Orixá Oxalá é sincretizado com Jesus Cristo, cuja imagem é colocada em lugar de honra nos Centros, Terreiros ou Tendas de Umbanda, em local elevado e geralmente destacada com iluminação.
Mas Oxalá não é Jesus, assim como Jesus não é Oxalá.
Jesus Cristo tem algumas das Qualidades de Oxalá; e isto faz Dele uma Manifestação do Orixá Oxalá ou um Intermediário de Pai Oxalá Maior.
Jesus pregava o amor, o perdão, a fé, a paz. Ele “deu a própria vida” em testemunho dos seus ensinamentos, e isto nos remete ao simbolismo do “bode expiatório”: antes da vinda de Jesus, existia a prática religiosa de se sacrificar um animal “para a expiação dos nossos pecados”. Segundo o conceito Católico, Jesus torna-se “o cordeiro de Deus, o último cordeiro”, ou seja, depois Dele não se faria mais sacrifício animal “porque em Jesus Cristo todos os pecados da humanidade estariam perdoados”.
Homenageia-se Oxalá na representação daquele que na Tradição Católica foi o “filho dileto de Deus entre os homens”. Permanece, porém, no íntimo desse sincretismo, a herança da tradição africana: “Jesus foi um enviado, foi carne, nasceu, viveu e morreu entre os homens”; enquanto Oxalá coexistiu com a formação do mundo, ou seja, Oxalá era ou existia muito antes de Jesus.
Segundo textos antigos, o nome “Cristo” significa cristal ou cristalino; e esta é a referência de todos os Mestres da Luz que encarnaram para guiar a humanidade.
As ondas magnetizadoras de Pai Oxalá despertam a ética e a iluminação filosófica nos seres, ou seja, a base das religiões. Algumas dessas ondas chegam até aos nossos olhos cruzadas; fato que tornou o símbolo da cruz como referência ao Mestre Jesus Cristo.
Para os Católicos, Jesus Cristo é Deus encarnado, é a segunda Pessoa da Trindade (Pai/Filho/Espírito Santo); para os Hindus, é um Avatar, um Mestre Ascensionado; para os Espíritas, é um Mestre da humanidade.
Já na Umbanda Jesus é reverenciado como um Manifestador do Trono da Fé, um Filho Iluminado de Oxalá que encarnou para direcionar as pessoas nos caminhos da Fé, por meio do amor que leva à fraternidade, ao perdão, ao arrependimento, à paz etc.
Sob a Regência de Oxalá, Jesus nos indicou a melhor forma de evolução, que é praticar a caridade: doar com a direita, trilhando o Caminho da Luz, como fez o Divino Mestre, para, com a esquerda, recebermos na eternidade.
 E a maior caridade que se pode praticar dentro da Religião é dar às pessoas um sentido para as suas vidas, pelo despertar da Fé.

OS PLANETAS, O NÚMERO E O HORÁRIO ASSOCIADOS A OXALÁ

Na Umbanda, Oxalá é associado ao Sol, ao planeta Terra e ao número 01.

Por força das peculiaridades do Seu magnetismo e da Sua atuação no despertar da Fé nos seres humanos, é também associado à luz do meio-dia.
Neste horário (meio-dia) o Sol está no seu esplendor e, segundo antigas Tradições, as Energias Angelicais mais puras e intensas estão atuando sobre o nosso planeta, purificando a tudo e a todos, pela dissolução das energias densas.
Portanto, o horário do meio-dia é excelente para nos dirigirmos ao Pai Oxalá, agradecendo e pedindo Suas bênçãos: fazendo um banho ou defumação com ervas do Orixá, firmando uma vela branca, oferecendo flores brancas etc.; ou simplesmente nos concentrando em oração e cobrindo a cabeça com um pano branco (de preferência, que seja de fibra natural, como algodão, linho etc.) especialmente reservado para este ritual.

ELEMENTOS E PEDRAS DE OXALÁ

Elementos e Pedras
Vimos que o primeiro Elemento associado a Oxalá é o Cristalino; e que este Orixá também tem atuação Magnetizadora nos demais Elementos.
Logo, o Magnetismo de Oxalá está presente em todos os Elementos (cristais, minerais, vegetais, fogo, ar, terra e água).
Portanto, propriamente não temos uma única pedra associada a Oxalá (pois Ele magnetiza todos os minerais, todas as pedras). Mas o Cristal é o mais adequado para representá-Lo, porque todo cristal é translúcido, é transparente, é o mais próximo da cor branca de Oxalá; e isto simboliza também a pureza que existe em todos os elementos criados por Deus, já que todos recebem o Magnetismo de Oxalá.
Segundo ANGÉLICA LISANTY, as pedras brancas em geral pertencem a Oxalá, pois na cor branca encontra-se a fusão dos Sete Raios: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, índigo, violeta. E os principais minerais das pedras brancas são: chumbo, prata, estanho, magnésio, potássio e cálcio.
ANGÉLICA ensina que o Cristal, em especial, é o grande irradiador dos Sete Raios e, através da Fé, alimenta e realimenta a todos os outros Orixás. Portanto, o Cristal Branco Translúcido é a maior fonte de irradiação das Qualidades Divinas do Trono Oxalá, sendo o maior irradiador energético em potencial, pois multiplica em muitas vezes a ação de outras pedras. Representa a Luz Divina em Si, capaz de tocar a todos os corações, iluminando-os através da Fé. A energia do Cristal é dual (atua como Geradora e como Receptora), estando ligada ao elemento Água, que é regido pela Lua. O Cristal Branco, a Pedra atribuída a Oxalá, é considerada como “a Pedra de Deus”, é a mais famosa Pedra de todos os tempos, em todas as civilizações. Pode ser utilizado em magias que atraiam: a Paz, a Proteção, a Iluminação, a Sensitividade, a Cura, bem como o desenvolvimento dos sentidos e pensamentos superiores.
ANGÉLICA LISANTY indica outras pedras relacionadas a Oxalá: Selenita; Galena; Calcita Ótica; as pedras brancas translúcidas; as pedras brancas leitosas, tais como: a Albita ou Pedra da Neve, a Dolomita Branca e o Quartzo Branco Leitoso.

CRÉDITOS: “Os Cristais e os Orixás”, Angélica Lisanty, Madras Editora, 2008, páginas 87/88, 112/114.)

ORIGENS E O SIGNIFICADO DO NOME OXALÁ

A cor branca - Há muitos nomes para esta Divindade: Orixá n’ti alá; Orixá n’lá; Orixalá, Òrìsànlá ou Orixanlá; Obatalá; Oxalá.
Seu nome, como o dos demais Orixás, vem da cultura Nagô-Yorubá, porque é nesta cultura que as Divindades são chamadas de Orixás. Alguns nomes de Orixás têm uma tradução, ao passo que outros não a têm, por expressarem conceitos daquela cultura que não têm uma correspondência direta com a nossa.
No caso de Oxalá, a tradução possível do nome vem de contrações da expressão “Orixá n’ti alá” (pronuncia-se: orixá intí alá), que significa: “o Orixá que veste o branco”. Embora no Islã a palavra “Alá” seja o Nome de Deus, aqui nesta expressão Yorubá ela quer dizer branco, a cor branca.
A expressão “Orixá n’ti alá” sofreu uma contração e ficou: “Orixá n’lá” (pronúncia: orixá inlá), com igual significado.
Nova contração gerou o termo “Orixalá”, utilizado como sinônimo de “o maior dos Orixás” ou “o Orixá dos Orixás”.
Finalmente, outra contração deu origem ao nome “Oxalá”, que também significa “o Orixá que veste o branco” ou “o Orixá do branco”.
Outro nome para Oxalá é “Obatalá”, que se traduz como “o rei que se veste de branco” (Obá= rei), também derivado da expressão “Orixá n’ti alá”.
Sua cor é o branco, que é a soma de todas as cores. E é em sua homenagem que vestimos o branco nas giras de Umbanda. Branco é a cor da paz, um dos  muitos atributos de Oxalá; e por isso também se diz que a Bandeira da Umbanda, que é branca, é “a Bandeira de Oxalá”.
Na cultura Nagô-Yorubá e no Candomblé do Brasil há os chamados “Orixás Funfuns”, conjunto de Orixás que vibram na cor branca ou dentro do axé branco.
Entre eles temos Oxalá e Orumilá, que são ligados por um aspecto: Orumilá é o Orixá do Oráculo ou da Revelação, que desvenda o passado, o presente e o futuro; e Oxalá, na Umbanda, ao polarizar com Logunan, na Linha do Tempo, também atua na relação entre presente/passado/futuro.
CRÉDITOS:
Rubens Saraceni

FONTE DA PESQUISAhttp://www.seteporteiras.org.br/

PECULARIEDADES DO ORIXÁ OXALÁ

Fatores - A Essência Cristalina de Pai Oxalá contém dois Fatores: o Magnetizador e o Congregador, que estão na base da Criação.
Seu Fator Puro é o Magnetizador, sem o qual nada existiria em nosso planeta, já que a Vida se sustenta por vibração magnética.
Seu Fator Misto é o Congregador, que tem por função reunir tudo e todos numa mesma direção e objetivo maior, dando forma e mantendo a estrutura de todas as coisas e seres.
Vejamos as ações realizadas na Criação por esses Fatores de Oxalá:
Fator Magnetizador- Cada Orixá tem um magnetismo específico. E Oxalá é o próprio Magnetismo, é o Orixá Magnetizador da Criação, ou seja, aquele que doa Magnetismo a todos os seres e coisas.
Esse Magnetismo foi importante para a Criação inclusive do nosso planeta, bem como de tudo que nele existe: seres, elementos, tudo. Por esse motivo, Oxalá é associado ao Sol (cuja luz é essencial para a vida na Terra) e ao próprio planeta Terra (pois não haveria vida aqui, sem o Fator Magnetizador de Oxalá).
No livro “Gênese Divina de Umbanda Sagrada”, RUBENS SARACENI explica a Gênese do Planeta Terra a partir do Magnetismo do Divino Trono das Sete Encruzilhadas, e isto nos ajuda a compreender as peculiaridades e a importância do Fator Magnetizador de Pai Oxalá para a existência da vida planetária.
Diz RUBENS SARACENI: “A ciência divina nos diz que desde o assentamento do divino Trono das Sete Encruzilhadas neste ponto do universo, pelo Divino Criador, já se passaram cerca de treze bilhões de anos, sendo que nos primeiros quatro bilhões o nosso planeta se parecia com uma estrela azul, mas que cintilava outras cores. Este período foi o tempo que o divino Trono das Sete Encruzilhadas passou “absorvendo” energias, através do seu poderoso magnetismo cósmico. Fato este que deu início aos choques “nucleares” geradores de explosões gigantescas e geradoras de novas ondas eletromagnéticas hiper-carregadas de energias, visíveis desde outras constelações.
Com o tempo, o núcleo magnético do planeta foi alcançando um ponto de equilíbrio, as ondas eletromagnéticas foram perdendo força e as energias foram se condensando em torno do eixo magnético planetário. Então, o planeta que era uma massa incandescente com pequena “reatividade” começou a perder calor para o geladíssimo espaço cósmico, que é o absorvente natural do excesso de calor dos corpos celestes. Tanto isso é verdade, que o brilho que vemos nas estrelas é energia que flui com as ondas eletromagnéticas, mas que vai sendo diluída no espaço cósmico. Mas as ondas eletromagnéticas geradas no interior delas, e que nos chegam, são absorvidas pelo magnetismo planetário e o recarregam, mantendo-o em equilíbrio vibratório. Já o excesso é lançado fora pelos pólos magnéticos (norte-sul), mantendo constante o campo em torno do planeta.
(...) Assim que o divino Trono das Sete Encruzilhadas alcançou seu limite máximo em sua capacidade de absorver energias, as reações foram diminuindo e só restou uma bola incandescente cercada de vapores (gases) cujos elementos (átomos) foram se combinando e dando origem a moléculas mais pesadas que se precipitavam sobre a superfície incandescida.
Pouco a pouco, com a perda de calor para o gelado espaço cósmico, a crosta foi se resfriando e se solidificando, até que se tornou densa o suficiente para reter em sua superfície as moléculas que iam se formando nas camadas gasosas mais elevadas. Mas o interior incandescido, que era energia pura, criava e ainda cria pressão, elevando para a superfície os átomos hiper-aquecidos.
O (...) processo de resfriamento do nosso planeta Terra durou mais de três bilhões de anos e as ligações atômicas comandadas pela imanência do divino Trono das Sete Encruzilhadas deram origem a muitos tipos de moléculas, que deram origem a muitas substâncias. Umas sólidas, outras líquidas e outras gasosas.
(...) Tal como acontece durante a fecundação do óvulo pelo sêmen e toda uma cadeia genética geradora é formada e ativada, o mesmo ocorreu quando um ser divino (o divino Trono das Sete Encruzilhadas) magnetizou-se e se polarizou dentro do ventre da Mãe Geradora (a natureza cósmica de Deus). Então se criou um magnetismo novo que, tal como um feto, começou a absorver os nutrientes da Mãe Geradora (o Cosmo). O feto alimenta-se de sua mãe e o mesmo fez o divino Trono das Sete Encruzilhadas e sua parte geradora, que é uma individualização da parte feminina do Divino Criador (a Natureza).
Enquanto o divino Trono das Sete Encruzilhadas crescia magneticamente, o planeta se energizava (materializava).
(...) O divino Trono das Sete Encruzilhadas é o magnetismo que sustenta a existência do planeta em suas muitas dimensões. Já a sua contraparte natural é a individualização e repetição “localizada” da natureza cósmica de Deus ou de Sua parte feminina, que é um ventre gerador de vida.
(...) Na gênese de um corpo humano, a par da herança genética dos pais, o sêmen do homem tem um magnetismo análogo ao do divino Trono das Sete Encruzilhadas que atrai as energias (nutrientes); enquanto o magnetismo do óvulo da mulher é análogo ao da mãe geradora (cosmos) que vai agregando e distribuindo os nutrientes, segundo um código preestabelecido.
Esta é a razão de todos os planetas serem “redondos”. Eles são formados dentro de um tipo de magnetismo ovular (de óvulo ou ovo). Nesse magnetismo planetário, os eixos são do divino Trono das Sete Encruzilhadas. Já o magnetismo que os reveste e retém em cada camada os elementos, estes são o da Divina Mãe Geradora, ou sua natureza divina.
Só quando estes dois magnetismos se fundem surge algo, tal como só quando o macho se une com a fêmea (copula) uma nova vida é gerada. Tudo se repete e tudo se multiplica, bastando sabermos que é assim que tudo acontece dentro de Deus, porque Ele é o eixo da geração e a própria geração em Si mesmo. Ele tanto é o macho quanto a fêmea. Mas quando Se individualiza, aí assume a Sua dualidade e biparte-Se em ativo e passivo, positivo e negativo, irradiante e absorvente, macho e fêmea.
E foi o que aconteceu aqui na Terra, porque da união magnética do divino Trono das Sete Encruzilhadas com a “mãe natureza” surgiu um planeta magnífico e único no nosso sistema solar”. (Obra citada, Madras Editora, 2005, páginas 22/35.)
Fator Congregador- Oxalá Irradia e estimula a Fé e desperta sentimentos de religiosidade nos seres, além de sustentar a todos que têm fé. É também a Irradiação da paz, da harmonia, da tranquilidade, da serenidade, da esperança, da humildade, da pureza, do perdão, da piedade, da misericórdia, da compaixão, da fraternidade, da irmandade, da compreensão, da tolerância, da conciliação, da resignação etc.
A Regência de Oxalá em nossas vidas se manifesta na necessidade de nos congregarmos, isto é, de nos unirmos a pessoas que tenham as mesmas idéias e ideais.
A Vibração de Oxalá habita em cada um de nós, porém velada pela nossa imperfeição, pelo nosso grau de evolução. É “o nosso Deus interior”, a voz da consciência que tenta nos conduzir por caminhos luminosos, pois traz consigo a memória de outros tempos, o conhecimento empírico, o conhecimento adquirido por experiências anteriores.
As atribuições de Oxalá incluem dar a todos os seres o amparo religioso dos Mistérios da Fé. Mas o ser nem sempre absorve essas irradiações quando está com a mente voltada para o materialismo desenfreado que costuma envolver os espíritos encarnados.
Pai Oxalá é, muitas vezes, chamado de “o maior dos Orixás”. Por quê? Vejamos.
Dentro do conceito das Sete Linhas de Umbanda, que correspondem às Sete Vibrações de Deus, a primeira delas é a Linha ou Vibração da Fé, onde está Oxalá.
Pai Oxalá rege o Sentido da Fé, que é fundamental para a existência de uma religião.  Sem Fé não há religião.
Mas o Sentido da Fé não gera apenas aquele sentimento de caráter religioso ou de crença religiosa. Também abrange o ato de crer, de acreditar, sem o qual mais nada existe. Quem não tem o Sentido da Fé bem desenvolvido acaba por não crer em si mesmo, não encontra valor ou significado para a própria vida e não consegue crer em algo além da existência material. Esta pessoa terá pouca autoestima e autoconfiança e pode se deixar dominar pela ansiedade, pelo medo etc. Por não crer, também não tem o Sentido do Amor bem desenvolvido, já que só podemos desenvolver amor a partir do momento em que acreditamos em alguém ou em algo. Sem Fé e sem Amor, não há Conhecimento verdadeiro. Sem a Fé, o Amor e o Conhecimento não há Lei e nem se aplica Justiça. Faltando isso, não há Evolução e nem a Geração de mais nada...
Em resumo: Oxalá está no Sentido da Fé, que é o principal Sentido da Vida, pois sem a Fé nada mais existe ou tem fundamento. Nessa escala de valores, a Fé está no topo e, portanto, Oxalá está no topo. Este é o significado.
Claro que isso não “diminui” o valor dos demais Orixás; até porque nada, absolutamente nada e ninguém pode diminuir ou alterar uma Divindade de Deus!  Cada Orixá é um Mistério de Deus; todos os Mistérios são essenciais; e todos atuam de forma interligada para a Perfeição do Todo, na Criação Divina.
O que se procura compreender, aqui, é a visão da Umbanda sobre o quê está contido dentro do campo de atuação de Pai Oxalá enquanto Mental Divino Regente do Mistério da Fé. Considerando-se a Fé como a base da religião e a base do existir, e sob um olhar cosmológico, Oxalá é a base da Criação, é “o Senhor das Formas”, o Orixá da Plenitude, o Orixá que representa o Espaço Infinito onde tudo existe e acontece e onde tudo será acomodado no Universo.
Na Umbanda, Oxalá é o Espaço Infinito onde tudo existe e acontece. Por isso, Ele recebe oferendas nos espaços abertos (mirantes, campos, campinas, jardins e espaços floridos etc.).
Pai Oxalá (o Espaço Infinito) e Mãe Logunan (o Tempo Infinito) formam o eixo Espaço-Tempo que sustenta a Criação. 
Quando associado à Criação do mundo e da espécie humana, Oxalá representa o Princípio Masculino da Criação, “o Pai” ou “o aspecto Pai” do Divino Criador; enquanto Yemanjá representa o Princípio Feminino da Criação, “a Mãe” ou “o aspecto Mãe” do Criador.
Paralelamente, vemos que na África todas as lendas que relatam a Criação do mundo passam necessariamente por Oxalá, que foi o primeiro Orixá concebido por Olodumare (Deus), encarregado de criar não só o Universo, como todos os seres e todas as coisas que existiriam no mundo. É o Princípio Gerador em potencial, o responsável pela existência de todos os seres do céu e da terra. É o que permite a concepção, no sentido masculino do termo.
CRÉDITOS:
Rubens Saraceni

FONTE DA PESQUISAhttp://www.seteporteiras.org.br/

QUEM É OXALÁ NA UMBANDA

Quem é Oxalá?

Oxalá é a Divindade que está assentada no pólo positivo ou irradiante do Trono da Fé, cuja Essência é Cristalina.
Pai Oxalá é o Trono Masculino do Cristal, Regente da primeira Linha de Umbanda (Linha da Fé), onde polariza com o Trono Cósmico Feminino Logunan (Oyá-Tempo).
As Irradiações Universais de Pai Oxalá são retas e contínuas, projetando-se de forma passiva a todos, o tempo todo.
Já as irradiações Cósmicas de Mãe Logunan são projetadas em espiral e alcançam os seres que se desvirtuaram no campo da religiosidade, para corrigi-los.
Oxalá é o calor das estrelas. E Logunan é o frio do espaço cósmico;
Oxalá é o calor do sol da Fé. E Logunan é o frio do vácuo religioso;
Oxalá é abrasador. E Logunan é enregelante;
Oxalá é a fé permanente. E Logunan é a alternância religiosa;
Oxalá é o raio reto, o caminho reto que conduz a Deus. E Logunan é a espiral, a onda circular que colhe todos os que se desviaram da retidão religiosa, para recolocá-los nesse caminho reto, o único que nos leva para Deus.

CRÉDITOS:
“Gênese Divina de Umbanda Sagrada”
Rubens Saraceni
Madras Editora, 2005, páginas 215/217

FONTE DA PESQUISA:
http://www.seteporteiras.org.br/

FUNDAMENTOS SOBRE FIOS DE CONTAS DA UMBANDA - PARTE 03


O Tópico foi dividido em algumas partes para auxiliar a leitura, respeitamos os devidos autores e fontes de pesquisas.
Montamos os devidos Tópicos com a Finalidade de Repassar o devido Conhecimento e Esclarecer possíveis duvidas Sobre Os Fundamentos e Mistérios dos Fios da Umbanda e Candomblé.


INTRODUÇÃO: MATERIAIS E CONSAGRAÇÃO DOS FIOS "GUIAS"

Consagrar uma guia, como são chamados os colares dentro da Umbanda, é um procedimento correto, pois somente ele estando consagrado poderá ser usado como protetor ou instrumento mágico nas mãos dos guias espirituais.
O procedimento regular tem sido o de lavá-los (purificação), de iluminá-los com velas (energização) e de entregá-los nas mãos dos guias espirituais para que sejam cruzados (consagração).
Eventualmente são deixados nos altares por determinado número de dias para receber uma imantação divina que aumenta o poder energético deles.
Os guias espirituais sabem como consagrá-los espiritualmente, imantando-os de tal forma que, após cruzá-los, estão prontos para ser usados pelos médiuns como filtros protetores ou pelos seus guias como instrumentos mágicos, ainda que só uma minoria dos guias os utilize efetivamente com essa finalidade e a maioria os prefira como pára-raios protetores ou descarregadores das cargas energéticas negativas trazidas para dentro dos locais de trabalhos espirituais pelos seus consulentes.
Os procedimentos consagratórios dos colares usados pelos umbandistas têm sido estes e poucos têm mais alguns outros.
Eles têm ajudado os médiuns durante seus trabalhos e auxiliado os consulentes a se proteger das pesadas projeções fluídicas que recebem de pessoas ou espíritos no dia-a-dia.
Mas esses cruzamentos ou consagrações, com finalidades específicas e com imantação espiritual, são apenas o lado aberto ou exotérico e, numa escala de 0 a 100, só obtêm 10% do poder dos mesmos objetos que, se forem consagrados internamente ou receberem uma consagração completa, terão 100% de poder.
Normalmente, consagram-se ou cruzam-se colares a pedido dos guias espirituais e cada linha tem suas cores específicas, iguais às dos seus Orixás regentes.
Como algumas cores mudam conforme a região, então eventuais alterações de cores impedem a uniformização da identificação dos Orixás simbolizados nos colares usados pelos médiuns.

Na confecção dos colares, algumas regras devem ser seguidas:

1ª — Os colares dos Orixás costumam ser de uma só cor.

2ª — Há algumas exceções (Obaluaiê = preto-branco), (Omolu = preto-branco-vermelho), (Nanã = branco-lilás-azul-claro), (Exu = preto-vermelho; preto; vermelho), (Pombo Gira = vermelho; preto e vermelho; dourado).

Enfim, há certa flexibilidade no uso das cores dos colares consagrados aos Orixás na Umbanda. E isso se deve ao fato de que eles, na verdade, irradiam-se em padrões vibracionais diferentes e em cada um mudam as cores das energias irradiadas.
Então, não podemos dizer que estão erradas as cores usadas na Umbanda. Apenas cremos que deveríamos padronizá-las e não recorrer ao uso individual delas. Também não deveríamos adotar as cores usadas em outros cultos afros.

— O uso de "Quelê" também não deve ser adotado pelos umbandistas pois é privativo do Candomblé.

— "Quelê" é um colar curto, feito de pedras trabalhadas; é mais grosso que o normal e usado ao redor do pescoço, indicando que a pessoa é uma iniciada no seu Orixá em ritual tradicional e só dele. Portanto, o seu uso não deve ser copiado, pois não é um colar umbandista.

Para a Umbanda, vamos dar as cores mais usadas ou aceitas pela maioria:

• Oxalá = branca
• Nanã = lilás
• Iemanjá = azul-leitoso
• Omolu = branco-preto-vermelho
• Ogum = vermelho
• Obaluaiê = branco-preto
• Xangô = marrom
• Exu = preto e vermelho
• Iansã = amarelo
• Pombo Gira = vermelho
• Oxum = azul-vivo
• Oxóssi = verde
*• Obá, Oxumaré, Oiá-Tempo e Egunitá não são cultuados
 regularmente.

*Como na Umbanda não são cultuados regularmente, alguns Orixás foram incorporados por nós, pois ocupam pólos energo-magnéticos nas Sete Linhas de Umbanda. Então vamos dar as suas cores:

• Egunitá = laranja
• Oiá-Tempo = fumê
• Obá = magenta
• Oxumaré = azul-turquesa

Só que há um problema porque não são fabricadas regulamente contas de cristais ou de porcelanas nessas cores.
Por isso, recomendamos que os umbandistas passem a usar colares de pedras naturais sempre que possível, porque só eles (e todos os elementos naturais) conseguem absorver e segurar as imantações divinas condensadas nas suas consagrações "internas".
Contas e outros objetos artificiais ou sintéticos, produzidos industrialmente, não são capazes de reter as imantações poderosas dessas consagrações internas.

Então, aqui há uma relação das pedras dos Orixás:

• Oxalá = quartzo transparente
• Oiá-Tempo = quartzo fumê
• Oxum = ametista
• Oxumaré = quartzo azul
• Oxóssi = quartzo verde
• Obá = madeira petrificada
• Xangô = jaspe marrom
• Egunitá = ágata de fogo
• Ogum = granada
• Iansã = citrino
• Obaluaiê = quartzo branco e turmalina negra
• Nanã = ametrino
• Iemanjá = água-marinha
• Omolu = ônix preto — ônix verde
• Exu = ônix preto — hematita — turmalina negra
• Pombo Gira = ônix — ágata

Obs.: Outras pedras podem ser usadas, pois a variedade de espécies é grande, assim como é a de cores em cada espécie, certo?

Agora, com as linhas de trabalhos formadas por guias espirituais, a coisa complica porque tudo depende das energias manipuladas por eles e pelos mistérios nos quais foram "iniciados" e que ativam durante seus atendimentos aos consulentes.

— Para a linha dos Baianos, recomendamos o uso de colares feitos de coquinhos.

— Para a linha das Sereias, recomendamos os colares feitos de conchinhas recolhidas à beira-mar.

— Para a linha dos Boiadeiros, recomendamos colares feitos de "jaspe leopardo".

— Para a linha das Crianças, recomendamos colares de quartzo rosa, de ametista, de água-marinha e quartzo branco.

Quanto aos colares para descarga, recomendamos que tenha grande variedade de espécies de pedras naturais, de porcelana de cristais industriais, de sementes, etc.

Um colar é em si um círculo e é um espaço mágico poderoso, se for consagrado corretamente.

Então, supondo que os seus colares tenham sido consagrados corretamente, vamos aos comentários necessários para que você comece a usá-los com mais respeito e trate-os como objetos sacros de sua religião: a Umbanda.
Nós sabemos que não existem comentários sobre os muitos tipos de espaços-mágicos usados pelos praticantes de magia.
Sabemos que usam o triângulo; o duplo triângulo entrelaçado, o pentagrama, etc., mas também que seus fundamentos ocultos ou esotéricos não foram revelados ou comentados por nenhum autor umbandista até a publicação do nosso livro A Magia Divina das Velas (Madras Editora), no qual comentamos superficialmente os espaços mágicos formados por velas.
Bem, o fato é que o círculo é um espaço mágico e um colar é um círculo, ainda que maleável, pois se movimenta ao redor do pescoço da pessoa que o está usando. Por isso, chamamos os colares de círculos maleáveis.
E por ser um espaço mágico fechado, se devidamente consagrado, é um espaço mágico permanente e que "trabalha" o tempo todo recolhendo e enviando para outras dimensões ou faixas vibratórias as cargas energéticas projetadas contra o seu usuário.

Como ele é um círculo, então o espaço mágico formado dentro dele é multidimensional e interagem com todas as dimensões, planos e faixas vibratórias, enviando para eles as cargas energéticas projetadas contra o seu usuário.

• Ele interage com as dimensões elementais.

• Ele interage com as dimensões puras.

• Ele interage com as dimensões bielementais.

• Ele interage com as dimensões trielementais.

• Ele interage com as dimensões tetraelementais.

• Ele interage com as dimensões pentaelementais.

• Ele interage com as dimensões hexaelementais.

• Ele interage com as dimensões heptaelementais.

E, quando o seu usuário o coloca no pescoço, ele começa a puxar para dentro do espaço mágico (que é em si) as irradiações projetadas desde outras faixas vibratórias negativas, dimensões ou planos da vida, recolhendo-as e enviando-as de volta às suas origens.
Os guias espirituais, quando consagram colares para os seus médiuns ou para os consulentes, para serem usados como protetores, imantam esses colares com uma vibração específica que os tornam repulsores ou anuladores de projeções energéticas negativas, mas não os tornam espaços mágicos em si porque, para fazerem isso, teriam de ir a locais específicos da natureza e, ali, abrir campos consagratórios também específicos e imantá-los com as vibrações divinas dos seus Orixás correspondentes, dotando-os de poderes mágicos multidimensionais.
Mas, como os fundamentos consagratórios internos estavam fechados ao plano material até agora, então eles faziam isso de forma velada quando seus médiuns iam oferendá-los, ou aos Orixás, nos campos vibratórios na natureza.
Os guias espirituais sempre respeitaram o silêncio sobre a consagração interna e sempre fizeram o que tinham de fazer de forma que os seus médiuns não percebiam que, ao tirarem os colares do pescoço, trabalhando-os na verdade estavam imantando-os com as vibrações elementais e divinas existentes nos pontos de forças da natureza.
Então, agora você já sabe que o seu colar de cristais, porcelana, sementes, dentes, etc. não é só um adereço de enfeite ou identificador dos seus Orixás ou de seus guias espirituais, mas que, se corretamente consagrado, é um espaço mágico circular, certo?
E também sabe que, se for confeccionado com elementos colhidos na natureza, é mais poderoso que os feitos com elementos artificiais ou industrializados.

FONTE E CRÉDITOS:
Fundamentos das Guias Por Rubens Saraceni O texto é parte integrante do Livro
"Formulário de Consagrações Umbandistas"
Autor Rubens Saraceni / Ed.Madras

CRÉDITO DA PESQUISA:

FUNDAMENTOS SOBRE FIOS DE CONTAS DA UMBANDA - PARTE 02


O Tópico foi dividido em algumas partes para auxiliar a leitura, respeitamos os devidos autores e fontes de pesquisas.
Montamos os devidos Tópicos com a Finalidade de Repassar o devido Conhecimento e Esclarecer possíveis duvidas Sobre Os Fundamentos e Mistérios dos Fios da Umbanda e Candomblé.

FUNDAMENTOS DOS FIOS "GUIAS"

Bem, vamos aos fundamentos ocultos dos mistérios dos colares, dos braceletes, das pulseiras, dos anéis, das tiaras e dos talismãs e como consagrá-los corretamente, beneficiando-se do poder de realização que adquirem quando isso é feito por eles.

1º – Um colar, anel, bracelete, pulseira e tiara ou "coroa" é em si um "círculo".

2º – Por círculo estável entendam aquele que tem forma imutável (anéis e coroas).

3º – Por círculo maleável entendam aquele que é flexível e movimenta-se, abre-se ou fecha-se segundo os movimentos do seu possuidor, (colares, braceletes e pulseiras).

4º – O círculo é um espaço mágico. E porque é um então pode ser consagrado e usado para uma ou mais funções pelo seu possuidor porque torna se em si um espaço mágico ativo e funcional muito prático e fácil de ser usado.

5º– É certo que esse fundamento só era conhecido dos grandes magos da era cristalina e perdeu se quando ela entrou em colapso, restando o conhecimento aberto ou popular de que eram poderosos protetores contra inveja, mau-olhado, fluidos e vibrações negativas, encostos espirituais e magias negativas.

6º – O conhecimento popular perdurou e acompanhou a evolução da humanidade e várias fórmulas consagratórias foram desenvolvidas no decorrer dos tempos por magos, inspirados pelos seus mentores espirituais.

7º – Essas fórmulas consagratórias "exteriores" ou exotéricas puderam ser ensinadas e perpetuadas, auxiliando a humanidade no decorrer dos tempos.

8º – Mas, lembrem-se disto: são todas elas apenas fórmulas consagratórias exteriores ou exotéricas e cujos fundamentos ocultos não foram revelados.

9º – Assim, porque os fundamentos ocultos não foram revelados o poder dos colares, braceletes, pulseiras, anéis, tiaras e coroas só tem sido usados como protetores... e nada mais.

10º – A Umbanda, derivada dos cultos religiosos indígenas, afros e europeus, adotou o uso de colares, braceletes, pulseiras, anéis, tiaras, coroas, etc. Ainda que seus adeptos nada soubessem sobre os fundamentos mágicos secretos existentes por trás de cada um desses objetos. Índios brasileiros, negros africanos, brancos europeus ou mesmo hindus cheios de colares no pescoço, pouco ou nada ensinaram sobre a consagração interna ou esotérica que dariam a esses objetos (e outros, às imagens inclusive) um poder de realização tão grande que não seriam vistos apenas como adereços ou fetichismo e sim com respeito e admiração por quem olhasse para eles ou os visse de relance.

11º – Que alguém, umbandista ou não, diga-nos se algum dia leu ou ouviu de outrem algo sobre os fundamentos ocultos e esotéricos dos colares, braceletes, pulseiras, anéis, tiaras, coroas, imagens, símbolos e demais objetos mágicos. Com certeza só ouviu dizer que são fortes protetores contra isso ou aquilo... e nada mais. Já os sábios hindus ou os velhos Babalaos sempre disseram e ensinaram seus seguidores que esses adereços consagrados por eles ou segundo suas fórmulas consagratórias (todas externas e exotéricas) tornam-se poderosos talismãs ou patuás que dão proteção contra isso ou aquilo.

12º – Nós (e você) sabemos que nunca lhe ensinaram que aqueles colares, braceletes, pulseiras, anéis, tiaras, coroas e demais objetos mágicos usados nos seus trabalhos espirituais ou assentados no seu terreiro têm outras finalidades além das de protegê-los ou aos seus trabalhos, certo?

13º – Até os seus guias espirituais (Caboclos, Pretos-Velhos, Crianças, Boiadeiros, Marinheiros, Baianos, Encantados, Exus, Pombo Giras, Exus-Mirins, Ciganos, etc.) pouco lhes disseram sobre os mistérios de seus objetos mágicos consagrados por eles externamente ("cruzados" por eles é o termo mais adequado), não é mesmo?

14º – Você usa colares, pulseiras, braceletes, anéis, tiaras, coroas, etc.) que eles cruzam e sente se protegido contra inveja, mau-olhado, maus fluidos, etc. e não dá maior valor que o de simples protetores, pois eles foram cruzados e ativados segundo rituais ou processos externos, praticados por guias espirituais impossibilitados de os fazer segundo o ritual ou processo interno, que só pode ser feito a partir do lado material da vida, por uma pessoa conhecedora desse mistério.

15º – Se isso tudo está sendo revelado agora, um século após a fundação da Umbanda, é para que os umbandistas deixem de procurar em outras religiões ou nos cultos afros aqui estabelecidos os fundamentos sagrados, ocultos e esotéricos (iniciatórios) de sua religião, pois eles (todos, sem exceção) só revelam os fundamentos externos e exotéricos abertos por eles e desconhecem os fundamentos sagrados da Umbanda, que não sejam os deles.

16º – Então, como um umbandista irá obter com eles o que desconhecem da Umbanda e só conhecem de suas próprias religiões e de suas práticas mágico-religiosas, que fazem porque funcionam?

17º – Está na hora, pois ela chegou, de os umbandistas e suas práticas começarem a ser copiados pelos adeptos das outras religiões.

18º – Também chegou a hora de eles (os praticantes das outras religiões afros) respeitarem o poder mágico da Umbanda e pararem de dizer, com a "boca cheia" de orgulho, que a Umbanda não tem fundamentos e que a religião deles é que os têm.

19º – Está na hora de os umbandistas descartarem as fórmulas "secretas", antiquadas e com fundamentos internos alheios e só recorrerem a fórmulas consagratórias suas, muito bem fundamentadas no lado divino de seus cultos, fórmulas estas muito mais poderosas que as deles, pois as nossas são internas, iniciatórias, consagratórias e sagradas.

20º – A Umbanda é uma religião mágica que tem seus próprios fundamentos e não precisa recorrer aos outros, que podem servir para os seus adeptos, mas não servem para os umbandistas.

21º – Chega de buscar fora e com quem não tem nada a ver com a Umbanda, o que não têm para dar aos umbandistas mas que não perdem a oportunidade de se mostrar "poderosos" e de explorar a boa-fé de pessoas mal orientadas dentro de nosso culto.

22º – Chega de umbandistas entregarem suas "coroas" a meros "fazedores de cabeça" que só querem sua escravidão e subserviência, pois, após "fazerem a cabeça", do mal informado umbandista, acham-se donos dele e de suas forças espirituais.

23º – Está na hora, pois ela chegou, dos umbandistas sentirem mais orgulho, de ter mais confiança em suas práticas mágico-religiosas e de olharem com indiferença ou como estranhas as práticas mágico-religiosas alheias, que tanto não lhes pertencem como lhes são dispensáveis mesmo!

CONTINUAÇÃO EM:
FUNDAMENTOS SOBRE FIOS DE CONTAS DA UMBANDA - PARTE 03
ASSUNTO: MATERIAIS E CONSAGRAÇÃO DOS FIOS "GUIAS"

FONTE E CRÉDITOS:
Fundamentos das Guias Por Rubens Saraceni O texto é parte integrante do Livro
"Formulário de Consagrações Umbandistas"
Autor Rubens Saraceni / Ed.Madras

CRÉDITO DA PESQUISA:

FUNDAMENTOS SOBRE FIOS DE CONTAS DA UMBANDA - PARTE 01


O Tópico foi dividido em algumas partes para auxiliar a leitura, respeitamos os devidos autores e fontes de pesquisas.
Montamos os devidos Tópicos com a Finalidade de Repassar o devido Conhecimento e Esclarecer possíveis duvidas Sobre Os Fundamentos e Mistérios dos Fios da Umbanda e Candomblé.

INTRODUÇÃO: A HISTÓRIA SOBRE OS FIOS "GUIAS"

O uso de colares, pulseiras e talismãs é tão antigo quanto a própria humanidade.

Todos os povos antigos pesquisados adotavam o uso de colares confeccionados com pedras roladas, seixos, dentes de animais, pérolas, penas, sementes, pedaços de ossos ou de madeiras esculpidas, conchas, unhas de certos animais, cabelos humanos ou crinas de animais trançados, etc.
São tantas as coisas usadas na confecção de colares que não nos é possível listar todas.
O uso com respeito de colares confeccionados de forma rudimentar se perde no tempo, tendo começado em eras remotas, quando ainda vivíamos em cavernas ou éramos nômades, mas precisávamos de protetores contra o mundo sobrenatural inferior ou contra o perigo de animais e insetos venenosos ou os malefícios feitos por outras pessoas, etc.
Então, que fique claro aos umbandistas que o uso de colares ou "guias de proteção" não é uma coisa só da Umbanda ou dos cultos afros aqui estabelecidos. Inclusive, os índios americanos também usavam e ainda usam colares, braceletes, pulseiras e talismãs, tal como fazia e faz o resto da humanidade.
Os padres da Igreja Católica usam rosários, crucifixos pendurados no pescoço (um colar, certo?), escapulários, etc., assim como todos os sacerdotes da maioria das religiões atuais o fazem com seus colares consagrados.
Enfim, não há nada de excepcional, incomum ou fetichista no fato de os médiuns umbandistas usarem colares de proteção ou de trabalhos espirituais quando incorporados pelos seus guias.
O uso de colares era tão comum na Antiguidade que originou a ourivesaria e a joalheria como indústrias manufaturadoras de colares, pulseiras, braceletes, talismãs, tiaras, etc., para atender aos sacerdotes e aos fiéis mais abastados que preferiam ter objetos de proteção confeccionados com pedras e metais preciosos e de difícil aquisição pelo resto dos membros dos clãs ou tribos do passado.
Reis, rainhas, príncipes, imperadores, ministros, etc., que formavam a elite dos povos antigos, não usavam colares comuns ou de fácil confecção, mas recorriam a artesãos especializados para confeccioná-los, tomando a precaução de terem colares únicos e de mais ninguém.
Cadáveres eram enterrados com colares, talismãs, etc., pois precisavam proteger seus espíritos no mundo dos "mortos", assim como haviam precisado deles aqui no mundo dos "vivos", e isso acontece até os dias de hoje na cultura ocidental cristã, na qual o uso antigo de colares mágicos e protetores perdeu seus fundamentos, sendo substituídos por gravatas, lenços, cachecóis, fitas, etc. que envolvem o pescoço dos vivos e dos cadáveres, certo?
Portanto, irmãos(ãs) umbandistas, não se sintam constrangidos(as) por usar em público colares ou "guias", pois não é em nada diferente do que todo mundo faz.
Bem, até aqui só comentamos o que é história e fato com provável observando os sacerdotes e fiéis de todas as religiões que, sem se aperceberem disso, usam esse recurso mágico para se proteger do mundo sobrenatural.
Logo, o uso de guias ou colares, braceletes, pulseiras, tiaras (proteção à cabeça ou coroa), etc. tem fundamento mágico e deve ser entendido e aceito por todos os umbandistas como um dos fundamentos mágicos da nossa religião. Desde o seu início, fomos instruídos a usá-los pelos nossos guias espirituais, que os consagram e os usam durante os passes mágicos-energéticos dados nos consulentes em dias de trabalho.
Só que a maioria dos umbandistas compra colares, braceletes, pulseiras, talismãs, etc. sem saber ao certo quais são seus poderes ou usos mágicos. E vemos muitos médiuns com muitos colares belíssimos no pescoço, mas que, se perguntados sobre o porquê de usarem tantos de uma só vez, responderão que seus guias espirituais lhes pediram.
E, se perguntados sobre os fundamentos de cada um deles, infelizmente não saberão dizer quais são, porque isso não é ensinado regularmente na Umbanda e o pouco que sabem foi ensinado por seus guias espirituais.
Na Umbanda não existem muitas pessoas preocupadas com os seus fundamentos divinos, espirituais, mágicos, litúrgicos, etc., e todos querem "resultados" e ponto final.
Só que isso, essa falta de preocupação com os fundamentos, está deixando de lado importantes conhecimentos e fazendo com que objetos mágicos sagrados sejam utilizados de forma profana e objetos profanos sejam usados como se fossem sagrados, pois já não há informações correntes e de fácil acesso aos médiuns umbandistas, ensinando-os corretamente e esclarecendo sobre quando e como usar colares, braceletes, pulseiras, talismãs, etc.
E não adianta os mais "antigos" ficarem contrariados por essa nossa afirmação, pois ou não sabiam quais eram esses fundamentos, e por isso não ensinaram aos seus filhos-de-fé ou então, se sabiam e não ensinaram, são os responsáveis pelo que está acontecendo com os novos umbandistas, que não têm quem ensine nada a respeito, certo?

CONTINUAÇÃO EM:
FUNDAMENTOS SOBRE FIOS DE CONTAS DA UMBANDA - PARTE 02
ASSUNTO: FUNDAMENTOS DOS FIOS "GUIAS"

FONTE E CRÉDITOS:
Fundamentos das Guias Por Rubens Saraceni O texto é parte integrante do Livro
"Formulário de Consagrações Umbandistas"
Autor Rubens Saraceni / Ed.Madras

CRÉDITO DA PESQUISA:

FIO DE CONTAS ZÉ PILINTRA MALANDRAGEM



FIO DE CONTAS: VERMELHO E BRANCO
TAMANHO: 63CM FECHADO (APROXIMADO)
MATERIAL: MIÇANGAS FOSCAS VERMELHO E BRANCO E FIRMA BRANCO E VERMELHO EM PORCELANA
AMARRADAS COM NYLON
COMPOSIÇÃO: 07 X 07
ACOMPANHA FIRMA DE FECHAMENTO
OBSERVAÇÃO: OS FIOS VÃO ABERTOS.

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MONTAGEM: LOJA 07 LINHAS DA UMBANDA

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