sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

ALGUMAS DIVINDADES ASSEMELHADAS A OBÁ

Deméter- divindade grega das colheitas, da lavoura e da fertilidade do solo, que ensinava a arar a terra e a semear o trigo. (Entre os romanos é Ceres, filha de Cronos e Réia.)

Bona Dea- divindade romana da terra e da fertilidade, a “boa deusa” que traz a abundância de alimentos.

Cibele- divindade romana da terra, a “Magna Mater”, a Grande Mãe Terra, senhora da vegetação e da fertilidade.

Minerva- divindade romana e etrusca, cujo nome deriva de “mente”. Regia a inteligência, a criatividade, a sabedoria, as habilidades domésticas e os trabalhos guiados pela mente.

Tari Pennu- divindade hindu da terra, da fertilidade e das boas colheitas.

Nisaba- divindade sumeriana das artes do escriba, protetora das escolas, dos professores
e estudantes. Também protegia a agricultura e a vegetação.

Zamyaz- divindade persa da terra, dos grãos e da fertilidade.

Armait- divindade persa no panteão do Zoroastrismo, deusa da sabedoria e Senhora da Terra.

Erce- divindade eslava da terra, protetora dos campos e plantações. Recebia oferendas de leite, mel, vinho e fubá, despejados nos campos e nos cantos da propriedade.

Uke-Mochi-no-Kami- divindade japonesa da agricultura e dos alimentos. Também é mãe da divindade dos brotos de arroz (Waka-Saname-no-Kame) e juntos são responsáveis pela fertilidade da terra, recebendo oferendas de arroz e brotos.

Ma Emma- divindade estoniana, a Mãe Terra. Recebia oferendas de leite, manteiga e lã, ao pé de árvores velhas ou sobre lajes.

Pachamama, Divindade inca da terra. É a Mãe-Terra, a quem se fazem oferendas para obter boas colheitas. Senhora das montanhas, rochas e planícies.

LENDAS DE OBÁ

1 - Obá luta com Ogum
Obá era uma mulher cheia de vigor e coragem, não temia ninguém no mundo. Seu maior prazer era lutar; e Obá venceu Oxalá, Oxóssi, Orumilá e Oxumarê e ainda desafiou Obaluayê e Exu.
Chegou a vez de Ogum!  Mas Ogum teve o cuidado de consultar Ifá, antes da luta. Então, preparou a oferenda que lhe fora indicada: muitas espigas de milho e muitos quiabos, tudo pisado num pilão até virar uma massa viscosa e escorregadia.
Na hora marcada, Obá e Ogum se enfrentaram. No inicio, Obá parecia dominar a situação. Mas Ogum recuou em direção ao lugar da oferenda. E Obá pisou na pasta viscosa e escorregou.
Ogum aproveitou para derrubá-la. Tomou-a ali mesmo e se tornou o primeiro marido de Obá.
Essa lenda destaca a qualidade guerreira de Obá e a sua determinação e coragem.
Obá venceu Oxalá, Oxóssi, Orumilá e Oxumarê, também desafiando Obaluayê e Exu, porque nenhum deles é Orixá guerreiro. Isso destaca que Obá é a guerreira.
Mas no final da lenda fica bem claro que o grande guerreiro é Ogum, cujo nome quer dizer justamente “Senhor da guerra”. Porque Ogum foi o único a vencer Obá e o primeiro a tomá-la como esposa. Isso significa também que Ogum está unido a Obá, ou seja, que a atuação de Obá é conjugada (“casada”) com a atuação da Lei Divina e tem o amparo da Lei Divina. Este aspecto sinaliza para um ponto importante: as nossas “lutas” precisam estar sob o amparo da Lei Divina.
Por outro lado, embora sendo um grande guerreiro, Ogum cuidou de fazer uma oferenda antes de ir para a luta com Obá e por isso obteve a vitória. Ou seja, Ogum reverenciou o Sagrado antes de ir para a luta. Mesmo sendo o Senhor da guerra, Ogum teve esse cuidado e respeito. E isto reforça o sentido das oferendas no campo religioso: o de um pedido de licença e de amparo do Sagrado, antes de se fazer qualquer coisa.

2 - Obá luta com Oxum
Mais tarde, Obá tornou-se a terceira mulher de Xangô, por ser forte e corajosa.
A primeira mulher de Xangô foi Iansã, que era bela e fascinante. A segunda foi Oxum, coquete e vaidosa.
Uma rivalidade logo se estabeleceu entre Obá e Oxum. Ambas disputavam a preferência do amor de Xangô. E Obá tentava descobrir o segredo das comidas que Oxum preparava para Xangô, e que tanto o agradavam.
Oxum decidiu montar uma armadilha para Obá: convidou-a para acompanhar a preparação de um prato que, segundo ela, era o preferido de Xangô.
Obá chegou na hora combinada.
Oxum usava um lenço amarrado à cabeça, que escondia suas orelhas. Preparava uma sopa para Xangô, na qual se viam dois cogumelos flutuando na superfície do caldo. Oxum convenceu Obá de que os cogumelos eram as suas orelhas, ingrediente essencial da receita. Xangô veio em seguida e se deliciou com a sopa.
Na semana seguinte, foi a vez de Obá cuidar de Xangô. Ela decidiu seguir a “receita” de Oxum. E colocou sua orelha esquerda no preparo.
Xangô ficou horrorizado ao ver que Obá cortara uma das orelhas e achou repugnante a comida.
Neste momento, Oxum chegou e retirou o lenço, revelando que suas orelhas estavam intactas. Furiosa, Obá precipitou-se sobre Oxum. Uma verdadeira luta se seguiu.
Enraivecido, Xangô trovejou sua fúria contra as duas.
Apavoradas, Oxum e Obá fugiram e se transformaram em rios. E até hoje as águas destes rios são tumultuadas, no lugar de sua confluência, como lembrança daquela disputa.
Essa lenda destaca vários aspectos:
Primeiro, que no campo do amor ninguém vence Oxum. Porque Oxum representa o Amor Divino.
Depois, mostra a determinação de Obá: para alcançar seu objetivo, Ela “cortou uma orelha”, isto é, não mediu esforços. Claro que não se pode levar isso ao pé da letra e querer aplicar em nossa vida, pois seria chegar ao extremo do extremo... As lendas procuram exaltar as Qualidades dos Orixás, isso é o que precisamos observar e compreender.
Finalmente, vem o destaque para Xangô como representante do equilíbrio da Justiça e da razão, que se “enfurece” com as duas por agirem de forma irracional e usarem de artimanhas para envolvê-lo. Xangô põe um ponto final na situação, aparando as arestas da irracionalidade no campo do amor e dos relacionamentos: os excessos emocionais de Obá e de Oxum transbordam ou são “descarregados”, formando dois rios de águas turbulentas... Vale dizer, Xangô é o grande equilibrador.
Essa lenda faz pensar ainda sobre outra questão: No Candomblé, quando incorpora em suas filhas, geralmente Obá leva uma das mãos na direção da orelha esquerda. Gesto que seria para cobrir o defeito, a falta da orelha cortada, segundo respeitável tradição.
Agora, se lembrarmos, de acordo com a tradição africana, que Obá “guarda o lado esquerdo” (Osì), que é o lado do coração, podemos talvez entender que Ela está atuando neste sentido: guardar o lado esquerdo. Inclusive, na dança do Orixá, a mão é projetada um pouco para trás, próxima ou na direção da abertura posterior do chakra frontal, que é o chakra regido pelo Trono do Conhecimento. O chakra frontal se abre para frente e para trás. Na abertura da frente, Oxóssi está irradiando o Conhecimento equilibrado. Na abertura posterior do frontal, Obá atua para corrigir excessos e para dar amparo a quem precisa de foco e concentração. Com certeza, aquele gesto tem muitos significados. Pois as lendas têm vasto conteúdo, revelam parte da extraordinária riqueza cultural dos Povos da Mãe África, de quem muito recebemos.

HISTÓRIA DE OBÁ

No Culto de Nação e no Candomblé Obá é conhecida e cultuada como Orixá do rio Níger, irmã de Iansã, esposa de Ogum e, posteriormente, a terceira e mais velha mulher de Xangô. Embora feminina, é temida, forte, enérgica, sendo considerada mais forte que muitos Orixás masculinos. Às vezes é também citada como caçadora.
Em toda a África Obá era cultuada como a grande deusa protetora do poder feminino, sendo por isso também saudada como “Iyá Agbá”, e ainda mantendo estreita ligação com as Iya Mi Oxorongá (as Mães Feiticeiras). Era uma mulher forte, que comandava as demais e desafiava o poder masculino.
Conta uma lenda que Obá lutou contra todos os Orixás e venceu Oxalá, Xangô e Orumilá, tornando-se temida por todos os deuses.
Outra lenda conta que Obá se transformou em rio quando perdeu para Oxum a disputa pelo amor de Xangô e que, mesmo assim, é uma deusa relacionada ao fogo: pois quem conhece o rio de Obá, na Nigéria, sabe que é um rio de águas revoltas, em constante movimento, motivo pelo qual é sinônimo de fogo.
As lendas falam também que Obá é “a guardiã da esquerda” e o Orixá do ciúme. E isso tem uma explicação: primeiro, é preciso lembrar que o lado esquerdo (Osì) sempre esteve relacionado à mulher, justamente porque é o lado do coração e da emoção. Então, quando
Obá é saudada como “guardiã da esquerda”, isso quer dizer que Ela é a protetora de todas as mulheres, é aquela que compreende os sentimentos do coração, pois Obá pensa com o coração. Por isso também, Obá amou e viveu paixões, com todos os dissabores e sofrimentos que isso traz, e Obá sente ciúme porque ama. Ela se dedicou à guerra para superar tais sofrimentos, o que também evidencia toda a sua determinação e coragem.

ORIXÁ OBÁ

Mãe Obá é a Divindade que está assentada no pólo negativo (isto é, absorvedor) da Linha do Conhecimento, que é a terceira Linha de Umbanda, onde polariza com Pai Oxóssi.
Ela e Oxóssi atuam em pólos opostos: Oxóssi estimula a busca do Conhecimento porque é o pólo positivo ou irradiante; enquanto Obá, como pólo absorvedor, paralisa os seres que se desvirtuaram por adquirir conhecimentos viciados, distorcidos ou falsos ou ainda por fazerem mau uso do conhecimento.
Obá é o Orixá que mostra a verdade e que nos ajuda a manter firmes os nossos objetivos, nosso raciocínio, nossa concentração e determinação.
Como Orixá Cósmico, Obá corrige toda expansão desvirtuada, todo conhecimento falso, ilusório, mentiroso.
Obá retira o poder de concentração e objetividade dos seres desvirtuados (como os falsos conhecedores e os soberbos que se apoderam do conhecimento para ter domínio sobre os outros) e então eles começam a perder o foco, a concentração, a linha de raciocínio. O ser que está sendo atuado de forma cósmica por Obá começa a perder interesse pelo assunto que tanto o atraía e se torna apático. Então, quando aquele ser já foi paralisado e teve seu emocional descarregado dos conceitos falsos, Obá o conduz ao campo de ação de Oxóssi, que começará a atuar para redirecioná-lo na linha reta do Conhecimento.
O campo onde Obá mais atua é o religioso. Como Divindade Cósmica responsável por paralisar os excessos cometidos pelas pessoas que dominam o conhecimento religioso, Ela paralisa os conhecimentos viciados e aquieta os seres, antes que cometam erros irreparáveis.
Todas as doutrinas religiosas que são rígidas e rigorosas com seus adeptos têm a sustentá-las a silenciosa atuação de nossa amada Mãe Obá.
O culto a Obá iniciou-se milênios atrás, com a irradiação simultânea de uma de suas qualidades ou aspectos a várias partes do mundo, quando então Ela se humanizou.
Nossa amada Mãe Obá já recolheu boa parte de seus filhos encantados que se espiritualizaram, mas muitos ainda estão evoluindo nos dois lados da dimensão humana (como encarnados e como desencarnados).
Muitos dos seus filhos hoje atuam na Umbanda como silenciosos Exus e discretas Pomba giras, também como Caboclos e Caboclas aguerridos e resolutos nas suas ações, precisos nos seus conselhos, mas de pouca conversa quando sentem que o conhecimento que trazem não é assimilado por seus médiuns ou pelos consulentes.
O elemento principal de Obá é a terra úmida e fértil que dá sustentação aos vegetais; e o segundo elemento da sua atuação é o vegetal. No elemento terra Obá atua para aquietar e densificar o racional dos seres. Pelo elemento vegetal, Obá atrai e paralisa os seres que estão se desvirtuando no caminho do Conhecimento.
Mas sua atuação não é somente para corrigir e paralisar negatividades. Como Divindade de Deus, Mãe Obá nos ampara e nos dá sustentação no Sentido do Conhecimento, sempre que nos mostramos de coração limpo e com boas intenções. Assim, quando temos boa intenção em aprender algo e queremos usar aquilo de forma positiva, mas sentimos dificuldade de aprender, Obá nos ampara e nos dá concentração. Ela também ajuda os seres bem intencionados que tenham dificuldade de encontrar o “foco” da vida, que vivam em confusão mental e se dispersem com facilidade, dando-lhes concentração e objetividade.
Obá é terra, é concentração, mas também é vista como Mãe-Orixá guerreira, séria, brava, objetiva, lembra uma professora rígida e exigente, concentrada e um pouco fechada.
Obá é associada ao número 14 e ao planeta Urano.

CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE OYÁ - TEMPO

Trono: Trono Feminino da Fé

Linha:

Fator: Condutor, Desmagnetizador, Descristalizador

Essência: Cristalina

Polariza com: Oxalá

Cor: Fumê, prateado, preto e branco, azul escuro
Aqui, a cor branca simboliza a presença de todas as cores; e a cor preta simboliza a ausência de todas as cores e representa o aspecto de absorção e esgotamento da religiosidade desvirtuada e dos excessos cometidos em nome da Fé

Fio de Contas: Contas e Missangas de suas cores

Ferramentas: Ampulheta,  Bambu

Ervas: Eucalipto, Alecrim, Anis

Símbolos: Aspiral

Ponto na Natureza: Campo Aberto ao Tempo

Flores: flores do campo, rosas amarelas, palmas amarelas
Essências: Eucalipto, Alecrim

Pedras: Quartzo Fumê e Cristais com incrustações

Metais e Minérios: Estanho. Dia indicado para consagração: 3ª feira. Horário: 13 horas

Saúde: cérebro superior e olho direito

Planeta: Cosmos

Dia da Semana: todos os dias da semana. Horário: 21 horas

Chacra: Coronário

Saudação: Olha o Tempo Minha Mãe!

Bebida: licor de anis, água mineral e água de chuva

Animal: Coruja

Comidas: canjica enfeitada com coco ralado ou tirinhas de coco; acaçás de leite ou acaçás de milho branco.

Número: 10

Data Comemorativa: 11 de Agosto

Sincretismo: Santa Clara

EXUS E POMBA GIRAS DE OYÁ -TEMPO

ALGUNS EXUS E POMBA GIRAS DE OYÁ -TEMPO:

EXUS: Exu Vira Mundo, Exu Gira Mundo, Exu do Tempo, Exu Porteira da Religiosidade, Exu chave da Religiosidade, Exu 7 Chaves da Religiosidade (de Oxalá e Oyá), Exu 7 Chaves da Fé e da Religiosidade (de Oxalá e Oyá), Exu 7 Porteiras da Religiosidade (de Oxalá e Oyá).
Os Exus Velhos também recebem uma regência de Oyá-Tempo, da mesma forma que os Caboclos Velhos.
E esses nomes ou denominações de Exus também podem ser aplicados às Pomba Giras de Oyá-Tempo: Pomba Gira do Tempo, Pomba Gira Chave da Religiosidade etc..
A Senhora Pomba Gira Maria Padilha é regida pelo Mistério do Tempo e atua sobre os desequilíbrios no campo da Fé e da Religiosidade, cortando as ilusões.

LINHA DE TRABALHO QUE DÁ SUSTENTAÇÃO:
Linha dos Ciganos e Boiadeiros

CABOCLOS DE OYÁ - TEMPO

ALGUNS CABOCLOS DE OYÁ -TEMPO:

Caboclo Gira Mundo, Caboclo do Tempo, Caboclo (ou Cabocla) Lua, Caboclo Sete Luas (de Oxalá e Oyá-Tempo).
Os Caboclos Velhos também recebem uma regência da Mãe Oyá-Tempo, dentro do Mistério Ancião (atravessaram o Tempo, adquiriram a experiência e o saber, aprimoraram a Fé e a Religiosidade, e atuam nesses campos).

DIVINDADES ASSEMELHADAS A OYÁ

Na Cultura Celta- a Divindade ARIANRHOD, guardiã da “roda de prata” que circunda as estrelas, símbolo do tempo e do carma. Deusa da reencarnação, que tem como símbolo a própria espiral do tempo;

Na Cultura Hindu- a Divindade TARA, regente do céu e das estrelas, senhora do tempo;

Na Cultura Nórdica- as Divindades DO TEMPO E DO DESTINO chamadas NORNES, que se dividem em URDHR, a avó anciã (passado), VERDANTI, a mãe matrona (presente) e SKULD, a jovem (futuro);

Na Cultura Egípcia- NUT, a Divindade do céu, cujo corpo forma a abóboda celeste e que aparece curvada como um arco sobre a terra. É o próprio céu, o espaço onde tudo acontece.

CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OYÁ TEMPO

CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OYÁ TEMPO

Os Filhos e as Filhas de Oyá são introspectivos e até um tanto tímidos, pois a natureza forte de sua Mãe Divina exige deles  uma certa “beatitude”, já que, das Mães Divinas, Ela é a mais rigorosa com os seus filhos relapsos.
São Simpáticos, discretos, silenciosos, observadores, amigos e conselheiros, emotivos, mas guardam suas emoções para si ao invés de exterioriza-las, lutadores e muito sinceros.
Podem ser Retraídos, ciumentos, possessivos, evasivos, fugidios, descrentes, desconfiados, não perdoam uma ofensa, mesmo que for inconsciente. São glaciais nos seus envolvimentos emocionais.
Apreciam as coisas religiosas, o estudo, a música suave ou romântica, um pouco de isolamento, conversas construtivas, a companhia de pessoas discretas e de homens e mulheres maduros, reservados e amorosos.

QUANDO FIRMAR PARA OYÁ:
Para cortar magias negras
Para afastar eguns
Para “congelar” atuações de magos negros

FIRMEZA PARA OYÁ:
Bambu, cristal Fumê e cabaça com água

AMACI:
Água de chuva com folhas de eucalipto e pétalas de rosa amarela maceradas e curtidas por 7 dias.

ORIXÁ OYÁ TEMPO ou LOGUNAM

Oyá-Tempo é a Orixá que está assentada negativo (cósmico) do Trono da Fé.

Junto com Oxalá, dá a sustentação a todas as manifestações da Fé e  amparo a todos os “sacerdotes” virtuosos que estimulam a evolução religiosa dos seres.
O campo preferencial de atuação da Mãe Oyá-Tempo é o religioso, onde Ela atua como ordenadora do caos religioso. Rege a religiosidade nos seres. Absorve a fé em desequilíbrio, para reconduzir os seres ao caminho do equilíbrio.
Ela é o próprio espaço-tempo onde tudo se manifesta. Por isso dizemos que é uma Divindade atemporal, ou seja, é em Si o próprio Tempo, não está sujeita ao Tempo, mas rege o seu sincronismo.
Nossa relação ou noção de espaço-tempo depende da movimentação dos astros no espaço, e daí vêm os conceitos de dia e noite, bem como o nosso senso cronológico.
Simbolizada pela espiral do Tempo, manifesta-Se em todos os locais, assim como Oxalá, com o qual faz par, na Linha da Fé.
Sendo um Orixá Cósmico, Ela pune quem se aproveita com más intenções das Qualidades Divinas relacionadas com a Fé e a Religiosidade.
Tempo é ”o vazio cósmico” onde são retidos todos os espíritos que atentam contra os princípios divinos que sustentam a religiosidade na vida dos seres.
A essência cristalina irradiada pelo Divino Trono Essencial da Fé é neutra, quando irradiada. Mas como tudo se polariza em dois tipos de magnetismos, então o pólo positivo e irradiante é Oxalá e o pólo negativo e absorvente é Oyá-Tempo.
Oxalá é o Sol da vida enquanto Oyá é o Tempo, onde tudo se realiza.
Oxalá é a Fé abrasadora enquanto Oyá é o gélido Tempo, onde são desmagnetizados os seres desequilibrados nas coisas da Fé.
Oxalá é o Pai amoroso que fortalece o íntimo dos seres e os conduz ao encontro do Divino Criador enquanto Oyá é o Tempo por onde caminham os seres que estão buscando o Criador.
Oxalá é a Fé de Deus nos Seus filhos enquanto Oyá-Tempo é o rigor divino para com os filhos que lhe voltaram as costas.
Oxalá é o Orixá da Fé enquanto Oyá é o Orixá do Tempo, pois é o tempo que atua no ser, acelerando sua busca pela Fé ou afastando-o das coisas religiosas, direcionando sua evolução para outros sentidos da Vida.
Oxalá é passivo no seu magnetismo de corrente contínua, cuja irradiação estimuladora da Fé chega a todos o tempo todo enquanto Oyá é ativa no seu magnetismo de corrente alternada, onde uma onda espiralada estimula a religiosidade, enquanto a outra onda esgota a espiritualidade na vida dos seres emocionados, fanatizados ou desequilibrados.
Enquanto Oxalá é irradiante, Oyá é absorvente.
O Trono Feminino da Fé é encontrado em várias culturas, como uma Divindade atemporal e que se mostra como o espaço onde tudo acontece (a abóboda celeste).

CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE IEMANJÁ

Trono: Trono Feminino da Geração e da Vida

Linha: Geração

Fatores: Criativo (Fator puro) e Geracionista ou Gerador (Fator misto).

Essência: Aquática

Cor: Branco cristalino, prata ou azul claro.
Em algumas Casas: Branco, azul claro. Também verde claro e rosa claro.

Características: Maternal, protetora, competente, dedicada, mandona, possessiva, Intrigante, controladora.

Instrumentos: Abebé (leque prateado, em forma circular, que pode trazer um espelho no centro); adê (coroa ou diadema); braceletes e pulseiras.

Fio de Contas: Contas e Miçangas de cristal. Firmas cristal.
Também podem ser feitos de pequenas pedras de Água Marinha.

Ervas:
1- Fonte: Adriano Camargo:
Ervas agressivas ou quentes de Yemanjá: Erva de bicho, buchinha do norte, alho. Verbos atuantes nas ervas quentes: invadir, transbordar, corroer, derramar.
Ervas equilibradoras ou mornas: Alfazema, anis estrelado, rosa branca, camomila, manjericão, erva de Santa Maria, mentruz, hibisco (flor), manjerona, mulungu (casca e raiz), noz moscada, margarida, sensitiva, arroz. Verbos atuantes nas ervas mornas: gerar, fluir, sustentar, avolumar.
2 - Mais ervas de uso comum: As pétalas de flores brancas e azuis clarinhas em geral; abebê; aguapé; alcaparreira (ou galeata); alga marinha; alteia (ou malvarisco); anis estrelado; araçá da praia (ou araticum do brejo, ou maçã de cobra); azaléia; boldo; camélia; cavalinha (ou milho de cobra); coco de iri; colônia (ou cardamono); condessa; embaúba; erva cidreira; erva de Santa Luzia; flor de laranjeira; folha de leite; fruta da condessa; gardênia; gerânio; golfo; graviola; guariroba; guabiraba (ou guabiroba); hortelã; hortênsia; íris; jasmim; jarrinha; jequitibá rosa; lágrimas de Nossa Senhora; levante; lótus; mãe boa; macela; malva; malva branca; marianinha (ou trapoeraba azul); musgo marinho; nenúfar; olhos de Santa Luzia (ou trapoeraba branca); oriri; pata de vaca; rama de leite; papoula; plantas aquáticas; trevo; unha de vaca; valeriana; violeta.

Oferendas:
1 - Comidas rituais: Canjica branca, peixe de água salgada, arroz-doce com mel, camarão, acaçá, pudim, manjar branco com calda de ameixa ou de pêssego, sagu com leite de coco, cocada branca, bolo de arroz, ebôya e vários tipos de furá. (Observação: *Ebôya, eboia ou fava de Yemanjá- Comida ritual do Candomblé, feita com fava cozida refogada com cebola, camarão, azeite de dendê ou azeite doce. Pode ser feita com o milho branco na falta da fava, então recebendo o nome de Dibô. É oferecida especificamente a Yemanjá. *Furá- Comida votiva ou ritual, no Candomblé. São bolinhos ou bolas feitos de arroz, ou inhame, ou farinha de mandioca, ou farinha de milho.)

2 - Frutas: Mamão, graviola, uvas brancas, melancia, melão, maçã verde, pêra, coco verde, coco seco, caqui, ameixa clara, uva-passa branca, pêssego, goiaba, melão,  uvas dedo de dama (uva Juliana), laranjas doces, as frutas suaves em geral, nabo, pepino.

3 - Bebidas: Água de coco, mel, água salgada ou potável, o champanhe claro e os sucos de suas próprias ervas e frutos.

4 - Flores: Rosas e palmas brancas, angélicas, orquídeas, crisântemos brancos.

Símbolo: Lua minguante, ondas, peixes.

Pontos da Natureza: Mar

Flores: Rosas e palmas brancas, flor de laranjeira, hibisco, angélicas, orquídeas, crisântemos brancos, hortênsia, azaléia, gerânio, papoula, nenúfar (a flor da planta aquática de mesmo nome, também conhecida como lótus branco).

Essências: Jasmim, Rosa Branca, Orquídea, Crisântemo.

Pedras: Pérola, Água Marinha, Lápis-Lazúli, Calcedônia, Turquesa, Diamante, Madrepérola, Zircão, Quartzo Azul, Topázio Azul e pedras azuis em geral. Dia indicado para consagrar: domingo. Hora indicada: 10 horas.

Minérios: Platina. Dia indicado para a consagração: sábado. Hora indicada: 12 horas.

Metal: Prata, Cobalto e Chumbo.
Observação: A maior parte da Prata é um subproduto da mineração de Chumbo e está frequentemente associada ao Cobre. Dentre os metais, é a que mais conduz corrente elétrica, superando o Cobre e o Ouro.

Saúde:
1 - Psiquismo e Sistema Nervoso - quadros ligados às emoções, que sempre são relacionadas ao elemento água e às influências da Lua e de Netuno, planetas associados ao Orixá Yemanjá.
2 - Porque Yemanjá é a Regente do Sentido da Geração e da Vida, ligado ao Chakra Básico, também estão envolvidos a coluna vertebral, os rins, o aparelho reprodutor e os membros inferiores e alguns músculos.
As musculaturas que podem ser atingidas por um bloqueio nessa região são: glúteos, diafragma pélvico, músculos internos da barriga e da região lombar (abdominais, lombares, lombo sacrais e glúteos médios).
Pessoas com estes bloqueios podem apresentar hemorróidas, dores lombares, tensão nas pernas e pés, problemas nos aparelhos urogenitais e dificuldades sexuais.

Planeta: Lua e Netuno.

Dia da Semana:
Na Umbanda, os dias da semana consagrados a Yemanjá são a 2ª feira (regência da Lua) e a 6ª feira (dia de Vênus e de Netuno; sendo que o planeta Netuno, “o deus dos mares”, está diretamente associado a Yemanjá e à Linha dos Marinheiros).

No Culto de Nação e no Candomblé, no geral, Yemanjá tem como dia da semana o sábado. Alguns lhe dedicam a 6ª feira.

Elemento: Seu 1º Elemento de atuação é a Água e o 2º elemento é o Cristal.

Chakra: Básico (ligado ao Sentido da Geração).
O chakra Básico (ou Raiz) fica na base da coluna vertebral, logo acima dos órgãos reprodutores. Dá sustentação aos demais chakras. Posição vertical, ele se abre para baixo, formando um eixo magnético com o chakra da Coroa.
Abrange: Alimentação, equilíbrio, saúde e finanças. Pode solucionar grande parte dos problemas comuns no ser humano.
Importância deste chakra: Ligado às glândulas supra-renais, é o responsável pela absorção da Kundalini (energia da terra) e pelo estímulo direto da energia no corpo e na circulação do sangue. Está muito ligado às sensações físicas e diretamente relacionado com os membros inferiores e os instintos físicos. Atua na irrigação dos órgãos sexuais.
Por meio dele é que entram as energias que nos conectam com a terra e com o mundo exterior.  Ligação com a terra, com o bem-estar físico, com o instinto de sobrevivência, com a vitalidade e com a sexualidade.
Está diretamente ligado à vontade: ele nos dá motivação e energia para agir, fazer, realizar, ganhar nosso sustento, enfrentar obstáculos etc.
Na época atual, encontra-se passivo, na maioria dos indivíduos, pois só entra em atividade por um ato de vontade dirigida e controlada pelo iniciado. Por que isso? Porque o chakra Básico responde ao aspecto vontade.
Da mesma forma que o princípio “vida” está situado no coração, o princípio da “vontade” está situado no chakra Básico, na base da coluna.
Seu principal aspecto é a inocência, qualidade pela qual experimentamos a alegria pura, infantil, sem as limitações do preconceito e dos condicionamentos, e que nos dá dignidade, equilíbrio e um enorme senso de direção e propósito na vida. É apenas simplicidade, pureza e alegria.
No chakra Básico se unem matéria e espírito e a Vida se relaciona com a forma.  É o chakra onde a "serpente de Deus" (Energia Divina) experimenta duas transformações:
1 - A “serpente da matéria” permanece enrolada sobre si mesma, e se transforma na "serpente da sabedoria" quando despertamos nossa consciência de filhos de Deus;
2 - A “serpente da sabedoria” sobe ao longo da coluna, até chegar ao topo da cabeça, no chakra da Coroa, e então se converte no "dragão de luz vivente", quando passamos a viver conectados com a Luz.
Essas etapas são nutridas pela Energia que flui através da coluna vertebral, por intermédio do cordão vertical (eixo magnético) que se forma do chakra Coronário ao chakra Básico.
Esta é uma representação da energia kundalini, uma Energia Divina que vem da Terra, que é básica para a nossa existência, e que desperta quando tomamos consciência de que somos espíritos imortais vivendo importantes experiências na carne. Ao tomarmos consciência da nossa origem Divina, a kundalini desperta e nos traz o prazer de viver, gratidão pela Vida etc. Então ela sobe pela coluna vertebral, até chegar ao chakra da Coroa, onde se encontra com as Energias que vêm do Alto (“as Energias do espírito”).
Cor de vibração do chakra Básico: vermelho.
Desequilíbrios neste chakra podem ser tratados com o uso de velas e demais elementos ligados a Yemanjá, a Divina Regente deste nosso centro de forças.

Saudação: Odô iyá, Odô Fiaba, Odôyabá! Odoyá Omi Ô! Odô cyaba!

Bebida: Champanhe branco, água mineral, calda de ameixa, calda de pêssego, “água de arroz” (deixar o arroz de molho em água mineral e depois utilizar essa água), água do cozimento da canjica.

Animais: Peixes, Cabra Branca, Pata ou Galinha branca.

Número: Na Umbanda, Yemanjá é associada ao número 08.

Data Comemorativa:
Em algumas Casas: 02 de fevereiro, sincretizada com Nossa Senhora das Candeias (ou da Luz) ou com Nossa Senhora dos Navegantes;
Em outras: 08 de dezembro, sincretizada com Nossa Senhora da Conceição.
Quando sincretizada com Nossa Senhora da Glória, é festejada em 15 de agosto, data em que a Igreja Católica festeja a Ascensão ou Assunção (subida aos céus) da Virgem Maria.

Sincretismo:
Nossa Senhora das Candeias (ou da Luz); Nossa Senhora da Conceição dos Navegantes; Nossa Senhora da Glória (nome que se dá à Virgem Maria pela sua Ascensão ou Assunção aos Céus; sendo que Maria é a Mãe, dentro da liturgia Católica).

Incompatibilidades: No Culto de Nação e no Candomblé, observam-se algumas proibições (euós ou quizilas) em relação ao Orixá Yemanjá: quiabo, feijão, peixe de pele; ataré (pimenta da costa). Para algumas Qualidades de Yemanjá, o dendê também é uma proibição. Tais elementos não podem ser a Ela ofertados.
Seus filhos e filhas de santo não podem consumir esses e também os seguintes alimentos:
1- de origem animal: a cabeça da galinha de angola; arraia; camarão vermelho; caranguejo; lula; peixes de pele; peixes vermelhos; sangue de animais;
2- de origem vegetal: inhame; uva branca; tangerina; banana-figo (muito parecida com a banana da terra, porém menor e com um teor de açúcar mais baixo); carambola; abóbora. 

FONTE: “Culto aos Orixás, Voduns e Ancestrais nas Religiões Afro-brasileiras”, org. Carlos Eugênio Marcondes de Moura, Editora Pallas, 2004, páginas 48 e 190/193.

Qualidades:
Teoricamente, haveria 16 Qualidades de Yemanjá, mas o número geralmente encontrado é superior: Iemowo, Iamassê, Iewa, Olossa, Ogunté, Assabá, Assessu (ou Sessu ou Iyasessu), Sobá, Tuman, Ataramogba, Masemale, Awoió, Kayala, Marabô, Inaiê, Aynu, Susure, Iyaku, Acurá, Maialeuó, Conlá.

Na Bahia e em Cuba se diz que há uma Yemanjá, filha de Olokun, à qual se chega por sete caminhos. Daí falar-se em sete Yemanjás; sendo que cada nome diz respeito ao ponto da natureza onde a Divindade se encontra.
Segundo Lydia Cabrera, Antropóloga e Poeta cubana que viveu de 20 de maio de 1899 a 19 de setembro de 1991 e que é considerada uma autoridade em cultura afro-cubana, os sete nomes, sete caminhos ou sete Qualidades de Yemanjá e suas características são estas:

Iemowô - que na África é a mulher de Oxalá;
Iamassê - mãe de Xangô;
Euá (ou Yewá) - Rio que na África corre paralelo ao rio Ògùn;
Olossá - a lagoa na qual deságua o rio Ògùn;
Yogunté ou Ogunté - casada com Ogun Alagbedé. É uma amazona terrível; traz na cintura o facão e os outros instrumentos de ferro de Ogun. Adora carneiro e não tolera pato;
Assabá - Está sempre fiando algodão. Tem um olhar insustentável; é muito orgulhosa, e somente escuta dando as costas ou ficando ligeiramente de perfil. Usa uma corrente de prata amarrada no tornozelo. Foi mulher de Orumilá, que aceitava seus conselhos com respeito;
Assessú - É voluntariosa, muito séria e respeitável. Vive em águas agitadas. Gosta de comer pato. Muito lenta ao escutar os pedidos dos fiéis, esquece-os; e se põe a contar as penas do pato que lhe deram como oferenda. Quando se engana no cálculo, ela recomeça, e a operação se prolonga indefinidamente.

CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE OXALÁ

Trono: Trono Masculino da Fé

Linha:

Fator Puro: Magnetizador

Fator Misto: Congregador

Essência: Cristalina

Polariza com: Oyá Tempo

Cor: Branco, Dourado, Transparente

Fio de Contas: Contas e Miçangas brancas e leitosas. Firmas Brancas.

Ferramentas: Jóias em prata, caramujo, sol, cajado, pomba de prata, moedas e búzios.
Para Oxalá de Oromilaia acrescentamos olhos de prata.

Ervas:

1- Adriano Camargo relaciona estas ervas para Oxalá:
Quentes ou agressivas: Açoita cavalo, erva de bicho, mamona, orégano, alho, fumo (tabaco), comigo ninguém pode.
Mornas ou equilibradoras: Alcachofra, alcaçuz, alecrim, alfazema, aquiléia (mil folhas), bardana, boldos (todos), girassol, hortelã, incenso (folhas da planta), levante, manjericão, manjerona, rosa branca, sálvia, tomilho, folha da costa (ou saião).
Frias ou específicas: Algodoeiro, angélica, anis estrelado, artemísia, cravo da Índia, ipê roxo, jasmim, laranjeira, louro, noz de cola (ou obi), pichuri, saco-saco, sândalo, verbena.

2 - Mais ervas de uso comum: Agapanto branco (ou lírio africano), aguapé (golfo de flor branca), alecrim (da horta, de tabuleiro, do mato etc.), angélica, alfavaca, arruda, baunilha, barba de velho, colônia, camomila, chapéu de couro, capim limão, coentro, camélia, cambará, carnaubeira, crisântemo branco, erva cidreira, erva-doce, eucalipto, erva de Santa Luzia, fava de tonca (ou cumarim ou cumaru), folha de uva branca, folha do cravo, folha da fortuna, funcho, gerânio branco, goiabeira branca (folhas), malva branca, maracujá (flores), macela, neve branca, palmas brancas, palmas de Jerusalém, patchuli, poejo, salsa da praia, Tapete de Oxalá (é um tipo de Boldo, mas NÃO é o “boldo do Chile”), umbuzeiro.

Símbolos: Estrela de cinco pontas (que desperta a Magia da Fé no ser humano); cruz; a pomba branca da paz

Ponto na Natureza: Praias desertas, colinas descampadas, campos, campinas, parques, bosques, montanhas, mirantes; qualquer lugar limpo e agradável

Flores: Rosas brancas, de preferência sem espinhos, e todas as flores que sejam dessa cor (lírio branco, lírio da paz, palma branca, margarida branca, copo de leite etc.); girassol; jasmim; lágrima de Cristo

Essências: Aloés, almíscar, lírio, benjoim, flores do campo, flores de laranjeira.

Pedras de Oxalá: Cristal branco- Dia indicado para a consagração: todos- hora indicada: 12 horas

Minérios de Oxalá: Ouro- Dia indicado para a consagração: domingo- Hora indicada: 06 horas.

Metais: Prata, platina, ouro (branco e amarelo).

Saudação: Exê Uêpe Babá, Oxalá é meu Pai; Êpa, êpa Babá (viva o Pai).

Planeta: Sol.

Dia da Semana: Todos, especialmente a Sexta-Feira.

Chakra: Coronário (da coroa ou do topo da cabeça)- Está associado ao Sentido da Fé, que na Umbanda é regido pelo Orixá Oxalá.

Localização: Topo da cabeça. Abre-se para o alto, no sentido vertical.

Importância deste chakra: É o primeiro chakra a receber os estímulos do espírito.  Abre-se em forma de funil para o Universo, representando a ligação entre o ser humano e o Divino. É considerado o centro energético mais importante do corpo humano (a Energia Vital entra pelo Chakra da Coroa e se espalha aos demais chakras).
É representado por uma coroa, capacete ou flor de lótus que se abre para o céu, como símbolo do despertar da espiritualidade e da consciência humana. 
Na Umbanda, este chakra é chamado de “a coroa do médium”.

Glândula relacionada: Pineal (ou epífise)- Até há pouco tempo acreditava-se que a pineal era um órgão atrofiado e de funções indefinidas. Mas os cientistas descobriram muitas funções importantes nesta glândula: semelhante a uma antena, a pineal capta radiações eletromagnéticas da lua (que regula ciclos menstruais, por exemplo) e as radiações eletromagnéticas do sol; desperta a produção de certas substâncias neurotransmissoras que estimulam a atividade física e mental; ativa a produção de hormônios sexuais no início da puberdade, dando início ao ciclo da reprodução humana. Está presente também nos os animais, captando os campos eletromagnéticos da Terra e orientando as migrações das andorinhas e das tartarugas, por exemplos.
Outras funções relacionadas à glândula pineal foram descobertas em pesquisas realizadas pelo Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, que é Psiquiatra, Mestre em Ciências pela USP, Diretor-Clínico do Instituto “Pineal Mind” (SP) e também Diretor-Presidente da Associação Médico-Espírita de São Paulo.
Em resumo, o Dr. Sérgio diz que: “A pineal é capaz de captar campos eletromagnéticos desta dimensão e também de outras dimensões do Universo, acessando campos espirituais e sutis. Ela capta vibrações que estão além da realidade física e por isso está associada aos fenômenos mediúnicos (clarividência, telepatia etc.), já que a mediunidade é justamente a capacidade de entrar em contato com energias de dimensões não-físicas. Isso acontece porque a glândula pineal tem cristais de apatita na sua estrutura. O cristal de apatita capta campos eletromagnéticos, sendo que o plano espiritual age por meio desses campos. A interferência Divina sempre acontece obedecendo às leis da própria natureza. Os médiuns, pessoas capazes de entrar em contato com outras dimensões, apresentam maior quantidade de cristais de apatita na pineal. Os iogues e místicos têm menor quantidade. E ninguém pode aumentar ou diminuir essa concentração de cristais, pois ela é uma característica biológica, assim como a cor dos olhos e dos cabelos.  A glândula é um receptor poderoso. Mas quem decodifica as informações recebidas são outras áreas do cérebro, como o córtex frontal cerebral. Sem essa interação, as informações recebidas não são compreendidas. Por isso, os animais recebem tais informações, mas não as decodificam, já que as outras partes do cérebro deles não têm esse atributo”.
Cor de vibração do coronário: Violeta, que é a freqüência mais alta ou mais elevada entre as sete cores do arco-íris.
Bom funcionamento deste chakra- Quando equilibrado e aberto, ele nos faz perceber que a nossa essência é espiritual, que a Luz Divina está em nós, que somos parte do Todo da Criação. Deixamos de ser meros receptores da energia vital, passando também a irradiá-la aos outros seres vivos e ao planeta. Isso nos permite atingir níveis superiores de meditação.
Quando o coronário se desenvolve de forma simultânea com o chakra frontal, a pessoa apresenta grande capacidade de raciocínio e de intuição.
Mau funcionamento deste chakra- Em desequilíbrio, não permite que a pessoa tenha grande abertura mental, abundância ou "iluminação interior". O medo pode dominar a vida dessa pessoa, trazendo-lhe desarmonia interior, infelicidade e desilusão, que se difundirão aos demais chakras, desequilibrando-os, podendo gerar doenças de foro mental, fobias, dores de cabeça ou enxaquecas de difícil tratamento.
Daí a importância da meditação (orações, relaxamento etc.), para afastarmos a ansiedade, o medo, os sentimentos de rejeição, de insegurança e de incerteza. Abrir o coração para DEUS, para a Criação, para o conhecimento universal e o desenvolvimento do ser Divino que habita em todos nós, evitando-se a superficialidade e o materialismo.
Conforme Angélica Lisanty, as pedras relacionadas ao Chakra da Coroa são: 1-SELENITA: faz a nossa conexão com os Sete Raios; 2-CRISTAL: tem poder purificador. Bom para rituais de conexão com a Espiritualidade; 3-PEDRAS LEITOSAS: Quartzo branco leitoso; Raolita ou Howlita (muito boa para acalmar, sossegar e pacificar pessoas muito inquietas, ansiosas e nervosas); Calcita ótica branca (boa para meditação).

Saúde: Partes do corpo regidas pelo chakra coronário: Cérebro, cerebelo.

Bebida: Água mineral; água de coco; vinho branco doce; vinho tinto doce; “águas de Oxalá” (deixar uma porção de canjica de molho em água mineral ou de coco e depois utilizar essa água; ou cozinhar a canjica e utilizar a água do cozimento); champanhe branco.

Animais: Pomba Branca, Caramujo, Coruja branca

Comidas: Cozinha ritualística: Canjica, Acaçá, Mungunzá.

Frutas: Uvas verdes, coco seco, coco verde, pera, maçã verde, damasco, melão, bergamota, pêssego, lima doce, laranja mimo do céu, goiaba branca, frutas de polpa branca em geral, frutas suaves em geral, nozes, castanhas, amêndoas.

Legumes, raízes e verduras: Berinjela, gengibre, agrião.

Números: Na Umbanda, Oxalá é associado ao número 01.

No Candomblé, Oxalufã (o Oxalá Velho) é associado ao número 10, enquanto Oxaguiã (o Oxalá Jovem) é associado ao número 08.

Data Comemorativa: 25 de Dezembro

Sincretismo:

Na Umbanda: Jesus Cristo

No Candomblé:
-Oxalá Obocum, Oxalá Olocum e Oxaguiã: Menino Jesus de Praga;
-Oxalufã: Senhor do Bonfim;
-Oxalá Dacum e Oxalá Jobocum: Sagrado Coração de Jesus;
-Oxalá de Oromilaia: Espírito Santo ou Santa Luzia.

Qualidades: No Candomblé, encontramos algumas Qualidades (ou caminhos) de Oxalá:

1- Oxalá Ajagemo: Durante a sua festa anual em Edé, dança-se e se representa com mímicas um combate entre ele e Oluniwi, no qual este último sai vencedor.

2 - Oxalá Akire ou Ikire: É um valente guerreiro, muito rico, que transforma em surdo e mudo a quem o negligencia.

3 - Osalá Alase ou Olúorogbo: Salvou o mundo fazendo chover num período de seca.

4 - Oxalá Etéko: Caminha com Oxaguiã, é inquieto. Vive nas matas e recebe oferenda de todo o tipo de carne branca.

5 - Oxalá Eteto Obá Dugbe: Outro guerreiro, ligado a Orixalá.

6 - Oxalá Lejugbe: É muito confundido com Oxalufan, por ser vagaroso e indeciso. Recebe oferendas com Yemanjá e Oxalufan.  Suas oferendas incluem todo tipo de carne branca.

7 - Oxalá Obatalá: É o mais velho dos Orixás. O grande Rei Branco; raiz de todos os outros Oxalás. É o pai de Oxalufan (que, por sua vez, é o pai de Oxaguiã). Sendo muito grande e poderoso, Obatalá não se manifesta, pois sua palavra transforma-se imediatamente em realidade. Representa a massa, o ar, as águas frias e imóveis do começo do mundo; controla a formação dos novos seres, é o Senhor dos vivos e dos mortos.

8 - Oxalá Okó: Divindade da agricultura e colheita dos inhames novos e da fertilidade da terra. Orixá Nagô, pouco conhecido no Brasil, pois na época da chegada dos escravos consideraram, em seu lugar, a Ogum como Orixá da agricultura e a Obaluaiyê como Orixá dos grãos. Quando se manifesta leva um cajado de madeira que revela sua relação com as árvores. Traz uma flauta de osso que lembra sua relação com a sexualidade e a fertilidade. É confundido com Oxalá, pois se veste de branco. Seu opaxorô, no Brasil, é confeccionado em madeira.

9 - Oxalá Olofon Ajigúna Koari: Aquele que grita quando acorda (conhecido pelo nome de Oxalufan).

10 - Oxalá Orinxalá, Orixalá ou Obatalá: É casado com Yemanjá e suas imagens são colocadas lado a lado e cobertas com traços e pontos desenhados com efum (giz branco, pemba branca), no Ilésin (local de adoração).

11 - Oxalá Oxalufã (Orixá Olú Fon): Orixá velho e sábio, cujo templo é Ifón pouco distante de Oxogbô; sua cerimônia de saudações é de dezesseis em dezesseis dias. Orixá muito velho, lento. Dança apoiado no opaxoró. Detesta a violência, disputas e brigas. Não come sal e nem dendê; não aceita cores fortes, principalmente o vermelho. A ele pertencem os metais e substâncias brancas. Não suporta cavalos.

12 - Oxalá Osoguiã ou Oxaguian (também chamado de Ogiyan Ewúlee Jiigbo): Orixá jovem e guerreiro, cujo templo principal se encontra em Ejigbô. Tomou o título de Eleejigbô, Rei de Ejigbô. Uma de suas características é o gosto pelo inhame pilado (lyán), que lhe valeu o apelido de “Orisa-Je-Iyán” ou “Orisájiyan”. É o único que tem autorização de enfeitar seus colares brancos com pedras azuis, chamadas Seguy. Está ligado ao culto de Iroko e dos espíritos, assim como à fertilidade e ao culto ao inhame. É o pai de Oxossi Inlé e recebe oferendas com Ogunjá, Oxossi Inlé, Airá, Exu, Oyá e Onira. Tem forte ligação com Yansã e com Exu. Seus filhos devem evitar brigas e mentiras e, principalmente, devem respeito a Ogum.


Incompatibilidades: No Candomblé, são observadas algumas incompatibilidades (quizilas, proibições ou euós) em relação ao Orixá Oxalá: vinho de palma, dendê, carvão, roupa escura, cor vermelha, cachaça, bichos escuros. E para Oxalufã, o Velho, também as lâminas.

PRECE DE OXALÁ

Ó poderoso Pai Oxalá, o maior dos Orixás, aspiração suprema dos desejos dos nossos corações, caminhamos até a Tua claridade, clareando todos os nossos passos no amanhecer de cada dia.
Que a Luz, a eterna Luz que o Senhor derramou e derrama todos os dias, cubra a cabeça daqueles que a Ti estão ligados. Numa corrente de fé e num só pensamento elevamos as nossas preces:
Oxalá, nosso Pai, dê-nos a graça de chorarmos sinceramente nossas faltas e, com espírito de humildade, nos purificarmos através da fé e da caridade. Que nós consigamos limpar a morada dos nossos corações, desterrando tudo que é mundano, todo vício, ódio e maldade, na certeza de que com humildade alcançaremos o Senhor.
Pai Oxalá, Vós sabeis que a razão humana é fraca e pode nos enganar, mas a verdadeira fé não pode ser enganada.
Obrigado, Pai Oxalá, por tudo que o Senhor nos deu e nos dá. Esperamos todos unidos que o Senhor nos escolha para sermos mais alguns dos Vossos íntimos amigos. 
Que assim seja!

EXUS DE OXALÁ

Alguns Exus de Oxalá:

Exu Abre Tudo, Exu Arrebata Tudo, Exu Corta Tudo, Exu Desmancha Tudo, Exu Encruza Tudo, Exu Gira-Mundo, Exu Guarda Tudo, Exu Lúcifer, Exu Maioral, Exu Rei das Almas, Exu Rei das Sete Encruzilhadas, Exu Rei das Trevas, Exu   Sete Cabeças, Exu Sete Encruzilhadas, Exu Sete Estrelas, Exu Sete Coroas, Exu Sete Infernos, Exu Sete Sombras, Exu Tranca Tudo, Exu Vira Mundo.

CABOCLOS DE OXALÁ

Alguns Caboclos de Oxalá:

Pena Branca, Flecha Branca, Montanha Branca, Folha Branca, Lua Branca, Caboclo das Sete Encruzilhadas, Caboclo Tupã, Caboclo Tupi, Caboclo Tupinambá, Caboclo Sol, Caboclo Girassol, Caboclo Gira-Mundo, Caboclo Vira Mundo, Caboclo Urubatão da Guia, Caboclo Ubirajara da Guia, Caboclo Sete Flechas da Guia, Caboclo Sete Estrelas, Caboclo Sete Penas Brancas.

COZINHA RITUALÍSTICA DE OXALÁ

1- CANJICA - Canjica branca cozida coberta com algodão, folhas de saião ou claras em neve, com um cacho de uva branca por cima de tudo. Regar com mel.

2- ACAÇÁ - Cozinhar 1/2 kg de farinha de milho branca, como um angu ou mingau. Deixe esfriar um pouco e faça bolinhos. Em algumas Casas se põe, às colheradas, em folhas de bananeira passadas ao fogo e enrola-se. Serve-se depois de frio.

3- MUNGUNZÁ - mugunzá, ou mucunzá (da língua Quimbundo: “mu'kunza” = milho cozido)- Alimento ritual feito de grãos de milho branco cozidos em água com açúcar, algumas vezes com leite de coco e de gado, com pequena quantidade de água de flor de laranjeira. É servido aos adeptos com bastante caldo e ao Orixá bem compactado, em forma de ebô.

OFERENDAS PARA OXALÁ

1-Toalha ou pano de cor branca; velas bran­cas; frutas brancas (melão, goiaba, etc.); vinho bran­­co doce ou suave; flo­res brancas (todas); fitas bran­cas; linhas brancas; comidas bran­­­­cas (can­jica, arroz doce, coalhada adoci­ca­da, etc.); pães; mel; farinha de trigo (para cir­cular e fechar por fora as oferen­das); co­co seco e sua água colocada em co­pos; co­co verde com uma tampa cortada e um pou­co de mel derramado dentro da sua água; água em cálices ou copos; pedras de cris­tais de quartzo branco (se for solici­tado); pembas brancas (em pedra ou em pó); milho verde em espiga, cru e ainda leitoso.
FONTE: “Rituais Umbandistas - Oferendas, Firmezas e Assentamentos”, Rubens Saraceni, Editora Madras.

2- Faça um círculo com sete velas brancas e coloque ao centro frutas diversas, coco verde aberto, mel e flores, tudo bem arrumado, e faça seus pedidos em oração e cantos a este amado Orixá.
FONTE: “Código de Umbanda”, Rubens Saraceni, Madras Editora.

3- Um coco verde fechado e um coco verde aberto (separar as águas); mel; uvas brancas, pêssegos, goiaba branca, maracujá, carambola, vinho branco; rosas brancas, palmas brancas, crisântemos brancos; sete velas brancas. Forrar o chão com as pétalas das rosas brancas e sobre elas dispor as frutas. Circundar com as palmas e crisântemos, as  bebidas (água dos dois cocos e vinho) e o mel. Em torno, firmar as velas, saudando o Divino Pai Oxalá e fazendo o pedido específico.

Onde oferendar Oxalá:
Nos campos abertos, bosques, praias limpas e jardins floridos.

Quando oferendar Oxalá:
- Para ter fé, esperança, paz, serenidade
- Para acalmar alguma situação ou alguém
- Para despertar a fé de alguém

Firmeza para Oxalá:
Um pilão e uma quartinha branca com água.

Amaci:
1-Água mineral com boldo e flor de laranjeira macerados e curtidos por 24 horas.
2- Água da fonte com pétalas de rosas brancas e manjerona, maceradas e depois curtidas por 24 horas.

CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXALÁ

Os filhos de Oxalá são pessoas respeitadas, tranquilas, calmas até nos momentos mais difíceis, amáveis e pensativos; podendo, às vezes, ser autoritários.
São muito dedicados e caprichosos, mantêm tudo sempre bonito, limpo. Respeitam a todos, mas exigem ser respeitados. Sabem argumentar bem, tendo uma queda para trabalhos que impliquem em organização. Gostam de centralizar tudo em torno de si mesmos. São reservados, mas raramente orgulhosos.
Seu defeito mais comum é a teimosia, principalmente quando têm certeza de suas convicções; será difícil convencê-los de que estão errados ou que existem outros caminhos para a resolução de um problema. No Oxalá mais velho (Oxalufã) a tendência se traduz em ranzinze e intolerância; enquanto no Oxalá novo (Oxaguiã) essa tendência gera certo furor pelo debate e pela argumentação.
Costuma-se dizer também que os filhos de Oxalufã (o Oxalá Velho) seriam mais calmos, bondosos e tolerantes, mas com boa capacidade de liderança, dado ao seu forte magnetismo (carisma). Já os filhos de Oxaguiã (o Oxalá Moço) seriam altos e robustos, elegantes, de porte majestoso e olhar ao mesmo tempo altivo e travesso, e amigos das mulheres. Embora guerreiros, não são agressivos. Alegres, gostam profundamente da vida. Revelam-se, às vezes, irônicos, maliciosos, prolixos e brincalhões.
Para os filhos de Oxalá, a idéia e o verbo são sempre mais importantes que a ação; não sendo raro encontrá-los em carreiras onde a linguagem (escrita ou falada) seja o ponto fundamental.
Fisicamente, os filhos de Oxalá tendem a apresentar um porte majestoso, principalmente na maneira de andar. Na constituição física, o filho de Oxalá não é alto e magro como os filhos de Ogum, nem tão compacto e forte como os filhos de Xangô. Às vezes, porém, essa maneira de caminhar e de se postar dá lugar a alguém com tendência a ficar curvado, como se o peso de toda uma longa vida caísse sobre seus ombros, mesmo em se tratando de alguém muito jovem.
Para que o filho de Oxalá tenha uma vida melhor, deve procurar despertar em seu interior a alegria pelas coisas que o cercam e tentar ceder à sua natural teimosia.
No geral, os filhos de Oxalá são idealistas e defensores dos injustiçados. São muito intuitivos quanto ao futuro. Seu pensamento original antecipa-se ao de sua época. Têm espírito brilhante e facilidade de argumentação. São generosos e até pródigos.