No
Culto de Nação e no Candomblé Obá é conhecida e cultuada como Orixá do rio
Níger, irmã de Iansã, esposa de Ogum e, posteriormente, a terceira e mais velha
mulher de Xangô. Embora feminina, é temida, forte, enérgica, sendo considerada
mais forte que muitos Orixás masculinos. Às vezes é também citada como caçadora.
Em
toda a África Obá era cultuada como a grande deusa protetora do poder feminino,
sendo por isso também saudada como “Iyá Agbá”, e ainda mantendo estreita
ligação com as Iya Mi Oxorongá (as Mães Feiticeiras). Era uma mulher forte, que
comandava as demais e desafiava o poder masculino.
Conta
uma lenda que Obá lutou contra todos os Orixás e venceu Oxalá, Xangô e Orumilá,
tornando-se temida por todos os deuses.
Outra
lenda conta que Obá se transformou em rio quando perdeu para Oxum a disputa
pelo amor de Xangô e que, mesmo assim, é uma deusa relacionada ao fogo: pois
quem conhece o rio de Obá, na Nigéria, sabe que é um rio de águas revoltas, em
constante movimento, motivo pelo qual é sinônimo de fogo.
As
lendas falam também que Obá é “a guardiã da esquerda” e o Orixá do ciúme. E
isso tem uma explicação: primeiro, é preciso lembrar que o lado esquerdo (Osì)
sempre esteve relacionado à mulher, justamente porque é o lado do coração e da
emoção. Então, quando
Obá
é saudada como “guardiã da esquerda”, isso quer dizer que Ela é a protetora de
todas as mulheres, é aquela que compreende os sentimentos do coração, pois Obá
pensa com o coração. Por isso também, Obá amou e viveu paixões, com todos os
dissabores e sofrimentos que isso traz, e Obá sente ciúme porque ama. Ela se
dedicou à guerra para superar tais sofrimentos, o que também evidencia toda a
sua determinação e coragem.
FONTE: http://seteporteiras.org.br/
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