Na
Nigéria, mais precisamente em Ijesá, Ijebu e Osogbó, corre calmamente o Rio
Oxum, a morada da mais bela Iyabá, a rainha de todas as riquezas, a protetora
das crianças, a mãe da doçura e da benevolência.
Generosa
e digna, Oxum é a rainha de todos os rios e cachoeiras. Vaidosa, é a mais
importante entre as mulheres da cidade, a Ialodê. É a dona da fecundidade das
mulheres, a dona do grande poder feminino.
Oxum
é a deusa mais bela e mais sensual do Candomblé. É a própria vaidade, dengosa e
formosa, paciente e bondosa, mãe que amamenta e ama. Um de seus Oriquis, visto
com mais atenção, revela o zelo de Oxum com seus filhos:
O
primeiro filho de Oxum chama-se Ide, é uma verdadeira jóia, uma argola de cobre
que todos os iniciados de Oxum devem colocar nos seus braços.
Oxum
não vê defeitos nos seus filhos, não vê sujidade. Os seus filhos, para ela, são
verdadeiras jóias, e ela só consegue ver seu brilho.
É
por isso que Oxum é a mãe das crianças, seres inocentes e sem maldade, zelando
por elas desde o ventre até que adquiram a sua independência.
Seus
filhos, melhor, as suas jóias, são a sua maior riqueza.
Características
dos filhos de Oxum:
Dão
muito valor à opinião pública, fazem qualquer coisa para não chocá-la,
preferindo contornar as suas diferenças com habilidade e diplomacia. São obstinadas
na procura dos seus objetivos.
Oxum
é o arquétipo daqueles que agem com estratégia, que jamais esquecem as suas
finalidades; atrás da sua imagem doce esconde-se uma forte determinação e um
grande desejo de ascensão social.
Têm
uma certa tendência para engordar, a imagem do gordinho risonho e bem-humorado
combina com eles. Gostam de festas, vida social e de outros prazeres que a vida
lhes possa oferecer. Tendem a uma vida sexual intensa, mas com muita discrição,
pois detestam escândalos.
Não
se desesperam por paixões impossíveis, por mais que gostem de uma pessoa, o seu
amor-próprio é muito maior. Eles são narcisistas demais para gostar muito de
alguém.
Graça,
vaidade, elegância, uma certa preguiça, charme e beleza definem os filhos de
Oxum, que gostam de jóias, perfumes, roupas vistosas e de tudo que é bom e
caro.
O
lado espiritual dos filhos de Oxum é bastante aguçado. Talvez por isso, algumas
das maiores Yalorixás da história do Candomblé, tenham sido ou sejam de Oxum.
Dia:
Sábado
Cores:
Amarelo – Ouro
Símbolo:
Leque com espelho (Abebé)
Elemento:
Água Doce (Rios, Cachoeiras, Nascentes, Lagoas)
Domínios:
Amor, Riqueza, Fecundidade, Gestação e Maternidade
Saudação:
Òóré Yéyé ó!
Fonte:
Candomblé, A Panela do Segredo
Pai Cido de Osun Eyn - 2000
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